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com as alterações introduzidas por: declaração de retificação n.º 20/93; decreto-lei n.º 81/95; lei n.º 45/96; decreto-lei n.º 214/2000; lei n.º 30/2000; decreto-lei n.º 69/2001; lei n.º 104/2001; lei n.º 101/2001; decreto-lei n.º 323/2001; lei n.º 3/2003; lei n.º 47/2003; lei n.º 11/2004; lei n.º 17/2004; acórdão n.º 232/2004; lei n.º 14/2005; lei n.º 48/2007; lei n.º 59/2007; lei n.º 18/2009; lei n.º 38/2009; decreto-lei n.º 114/2011; lei n.º 13/2012; lei n.º 22/2014; lei n.º 77/2014; lei n.º 7/2017; lei n.º 8/2019; lei n.º 15/2020; lei n.º 58/2020; decreto-lei n.º 9/2021; lei n.º 25/2021; lei n.º 49/2021; lei n.º 9/2023; lei n.º 55/2023; diploma revê a legislação de combate à droga decreto-lei n.º 15/93 de 22 de janeiro a aprovação da convenção das nações unidas contra o tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas de 1988, oportunamente assinada por portugal e ora ratificada - resolução da assembleia da república n.º 29/91 e decreto do presidente da república n.º 45/91, publicados no diário da república, de 6 de setembro de 1991 - é a razão determinante do presente diploma. tal instrumento de direito internacional público visa prosseguir três objectivos fundamentais. em primeiro lugar, privar aqueles que se dedicam ao tráfico de estupefacientes do produto das suas actividades criminosas, suprimindo, deste modo, o seu móbil ou incentivo principal e evitando, do mesmo passo, que a utilização de fortunas ilicitamente acumuladas permita a organizações criminosas transnacionais invadir, contaminar e corromper as estruturas do estado, as actividades comerciais e financeiras legítimas e a sociedade a todos os seus níveis. em segundo lugar, adoptar medidas adequadas ao controlo e fiscalização dos precursores, produtos químicos e solventes, substâncias utilizáveis no fabrico de estupefacientes e de psicotrópicos e que, pela facilidade de obtenção e disponibilidade no mercado corrente, têm conduzido ao aumento do fabrico clandestino de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas. em terceiro lugar, reforçar e complementar as medidas previstas na convenção sobre estupefacientes de 1961, modificada pelo protocolo de 1972, e na convenção sobre substâncias psicotrópicas de 1971, colmatando brechas e potenciando os meios jurídicos de cooperação internacional em matéria penal. a transposição para o direito interno dos objectivos e regras que, num processo evolutivo, vão sendo adquiridos pela comunidade internacional mostra-se necessária ao seu funcionamento prático, acontecendo que as disposições mais significativas daquela convenção das nações unidas não são exequíveis sem mediação legislativa. no domínio internacional, tiveram-se ainda em conta a convenção relativa ao branqueamento, deteção, apreensão e perda dos produtos do crime, elaborada no seio do conselho da europa e que portugal assinou em 8 de novembro de 1990, bem como a directiva do conselho das comunidades europeias de 10 de junho de 1991, relativa à prevenção da utilização do sistema financeiro para efeito de branqueamento de capitais. igualmente mereceu atenção a proposta de directiva do conselho relativa à produção e colocação no mercado de certas substâncias utilizadas na produção ilícita de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, instrumento que visa estabelecer as medidas de fiscalização sobre os «precursores» exigidas pelo artigo 12.º da aludida convenção das nações unidas de 1988, assinada autonomamente pela comunidade, ao mesmo tempo que pretende afastar distorções da concorrência no fabrico ilícito e na colocação de tais produtos químicos no mercado comunitário, em complementaridade com a fiscalização dos mesmos para o exterior das comunidades europeias. após a publicação do decreto-lei n.º 430/83, de 13 de dezembro, ora em revisão, entrou em vigor um novo código de processo penal, pelo que algumas das especialidades e inovações - por exemplo a do princípio da oportunidade - previstas naquele diploma estão hoje consagradas em termos gerais no novo sistema processual penal. entrou, também, em vigor um diploma sobre cooperação internacional, o decreto-lei n.º 43/91, de 22 de janeiro, o qual se propôs regular, num único texto, diferentes formas de cooperação, que vão desde a extradição à transmissão de processos penais, execução de sentenças penais, transferência de pessoas condenadas e vigilância das mesmas ou das libertadas condicionalmente, até um amplo leque de medidas de auxílio judiciário em matéria penal. como se refere no próprio preâmbulo, essa lei interna atendeu já à convenção das nações unidas de 1988, «designadamente em matéria de auxílio judiciário, extradição e execução de decisões de perda de produtos do crime». o presente diploma, compatibilizando-se com a terminologia e as novas regras do processo penal, recebe já alguns princípios novos enformados da reforma ainda em curso do código penal, como é o caso da multa em alternativa (e não em acumulação) da pena de prisão. este último aspecto tem de ser objecto de ponderação especial perante o facto de hoje se considerar prioritário o ataque às fortunas ilícitas dos traficantes. desaparecendo a possibilidade de cumular a pena de multa, de cariz patrimonial, com a pena de prisão, para os tipos legais mais graves, passa a assumir relevo particular o inventário de medidas destinadas a desapossar os traficantes no tocante aos bens e produtos que são provenientes, directa ou indirectamente, da sua actividade criminosa. também no que respeita à dosimetria das penas a presente reformulação haverá de continuar a harmonizá-las com o restante sistema jurídico, particularmente com o código penal. é sabido, outrossim, o nulo ou reduzido efeito dissuasor da previsão abstracta de penas severas - como já se sublinhava no preâmbulo do decreto-lei n.º 430/83 -, se não for acompanhado de uma melhoria progressiva dos recursos técnicos da investigação criminal e da formação e dinamismo dos seus titulares. conhecida a relutância de certas correntes de pensamento em aceitar um direito penal e processual recheado de normas especiais para combater certas formas de criminalidade e também, diga-se sem abono de verdade, o facto de o novo código de processo penal já estar munido de modernos institutos de investigação criminal, tudo aponta para que as especificidades nesse campo sejam reduzidas ao mínimo, mas sem que deixe de se reconhecer que os crimes mais graves de tráfico de droga devem merecer equiparação ao tratamento previsto nesse diploma para a criminalidade violenta ou altamente organizada e para o terrorismo. posto que o objectivo primeiro da revisão seja o de efectuar as adaptações do direito nacional indispensáveis a tornar eficaz no âmbito interno a aludida convenção das nações unidas de 1988, não se exclui a possibilidade de ponderar outras alterações consideradas importantes. a organização das tabelas anexas ao diploma principal foi um dos pontos objecto de preocupação. não ofereceria dificuldade aditar às tabelas existentes as das listas, respeitantes aos precursores, nos termos da convenção de 1988, aproveitando a oportunidade para integrar as substâncias que entretanto haviam sido incluídas por portarias editadas nos termos das convenções de 1961 e 1971. no entanto, afirmou-se que se poderia dar mais um passo no sentido de uma certa gradação de perigosidade das substâncias, reordenando-as em novas tabelas e daí extraindo efeitos no tocante às sanções. há hoje, como se sabe, as substâncias constantes da tabela iv anexa ao decreto-lei n.º 430/83 são alvo de tratamento diferenciado relativamente às restantes, designadamente no capítulo da punição do tráfico, do incitamento ao seu consumo e do próprio consumo. a gradação das penas aplicáveis ao tráfico tendo em conta a real perigosidade das respectivas drogas afigura-se ser a posição mais compatível com a ideia de proporcionalidade. o que não implica necessária adesão à distinção entre drogas duras e leves e, muito menos, às ilações extraídas por alguns países no campo da descriminalização ou despenalização do consumo. simplesmente, a decisão de uma gradação mais ajustada tem de assentar na aferição científica rigorosa da perigosidade das drogas nos seus diversos aspectos, onde se incluam motivações que ultrapassam o domínio científico, para relevarem de considerandos de natureza sócio-cultural não minimizáveis. tudo para concluir que a matéria da (re)organização das tabelas merece ainda ponderação futura a efectuar no tempo e sede próprios. idêntica postura pareceu de adoptar quanto ao tráfico no alto mar. a despeito do relevo crescente que assume como meio preferencial de circulação da droga, aproveitando os traficantes em seu benefício da reduzida capacidade de intervenção dos estados em águas internacionais, não se encontraram fórmulas que permitissem intensificar o controlo, desde logo pela posição reducionista que advém do próprio artigo 17.º da convenção de 1988. com efeito, a predominância conferida ao país do pavilhão, mesmo quando haja suspeita séria de que o navio abusa da liberdade de circulação que o direito internacional garante para se dedicar ao tráfico ilícito, só limitável mediante tratado, acordo ou protocolo, é um sinal de prevalência de certos interesses, nomeadamente os comerciais, como expressamente se reconhece no n.º 5 do artigo 17.º, sobre os da saúde e bem-estar da população de todo o mundo. esta temática preocupa especialmente os países que fazem parte do conselho da europa (grupo pompidou). assunto a merecer continuada reflexão do nosso país, quer no âmbito de tratados bilaterais a estabelecer com países vizinhos da orla marítima, quer ainda pela especial posição nacional como detentor de uma zona económica exclusiva de considerável extensão. apesar do importante papel que se reconhece à prevenção dirigida à informação, formação e educação, entendeu-se que, sendo temática de sentido evolutivo acentuado, que não convém sedimentar, e que pode ser objecto de diploma próprio, não deveria, nesta sede, receber tal matéria particular desenvolvimento. por maioria de razão se retiraram disposições de tipo organizativo dos serviços. por ele perpassa, todavia, o apelo à maior articulação entre o papel do sistema judiciário e dos serviços e organismos de saúde pública, especificamente na parte que é dirigida à prevenção e tratamento de toxicodependentes, não só em termos de qualidade como também de quantidade e com consequências a nível de dispersão territorial. só assim será imaginável levantar uma barreira resistente à extensão de um fenómeno de raízes culturais mas com manifestações imediatas e bem visíveis na saúde do indivíduo. ponto obrigatório de reflexão ao proceder-se a uma revisão de alguma envergadura terá de ser o modo como o sistema jurídico deve lidar com o consumo de drogas. uma alteração radical da política legislativa em tal campo terá de se basear, não só no conhecimento profundo das últimas aquisições científicas sobre o efeito destas drogas na personalidade humana, como também na perscrutação minuciosa da sensibilidade das camadas sociais mais envolvidas (os jovens, os pais, as famílias em geral, os educadores, dada a sua influência cultural), sem o que essa medida necessariamente se transformará numa intervenção sem reflexão posterior. abandonando, à partida, essa reavaliação, não deixou de se sopesar a posição seguida nos últimos anos, comparando-a com a de outros países geográfica e culturalmente próximos. disse-se em 1983, no exórdio do decreto-lei n.º 430/83: considera-se censurável socialmente o consumo de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, desde logo pela quebra de responsabilidade individual de cada cidadão perante os outros. tal não significa, todavia, que o toxicodependente não deva ser encarado, em primeira linha, como alguém que necessita de assistência médica e que tudo deve ser feito para o tratar, por sua causa e também pela proteção devida aos restantes cidadãos. em conformidade com tais afirmações, o consumidor de drogas é sancionado pela lei vigente de maneira quase simbólica, procurando-se que o contacto com o sistema formal da justiça sirva para o incentivar ao tratamento, na hipótese de ter sido atingido pela toxicodependência. esta posição tem vindo a ganhar adeptos em países como a itália e a espanha, por exemplo. a posição mais dissonante do resto da europa é a da holanda, onde o consumo de droga na prática não é proibido. arrogando-se de uma solução pragmática, não emocional nem dogmática, o centro de gravidade da atuação pretende-se localizado na saúde do consumidor, acreditando-se mais no controlo social que na eficácia da legislação. esta postura vem merecendo a crítica de laxismo, desde logo nos próprios países nórdicos, eles também já experimentados em posições mais brandas, que foram progressivamente abandonando. pode, porém, dizer-se que a generalidade dos países representados nas nações unidas receia que o invocado pragmatismo do tipo holandês abra brechas num combate cuja amplitude de danos na saúde, especialmente das camadas jovens, se perfila de uma gravidade tal, na conjuntura hoje vivida, que não haveria diques bastante para o travar, conhecida que é a capacidade dos traficantes para explorar novas situações e mercados. neste sentido também caminha o conselho da europa - cf. pontos 9, 10 e 17 da recomendação n.º 1141 (1991), adotada em 31 de janeiro de 1991 pela assembleia parlamentar. sendo certo, por outro lado, que não podendo, embora, descurar-se a forte componente economicista do fenómeno, aparece como muito arriscada uma transição de estratégia que assente fundamentalmente nas regras de oferta/procura e suas consequências nos preços, ainda que mesclada de ingredientes que pudessem assegurar o controlo essencial do «mercado» por órgãos públicos. principalmente se essa transição se desse por forma brusca. posto que muito longe do encerramento da discussão sobre tão controverso tema, não se vêem motivos para alteração na postura da legislação vigente quanto ao modo de intervenção do sistema jurídico-penal em matéria de consumo de droga. a censurabilidade implícita nessa intervenção - aliás, reduzida ao mínimo- será o complemento de coerência com a restante mensagem, quer a nível de prevenção, quer da própria relação terapêutica com o drogado, impregnada de um apelo constante ao seu sentido de responsabilidade na coesão de todo o restante tecido social a que, irremediavelmente, o seu destino o ligou. por conseguinte, o ditame fundamental das alterações introduzidas neste ponto dirigir-se-á ao de moldar da utensilagem jurídica no sentido de contribuir, no máximo da sua valência, para que o toxicodependente ou consumidor habitual se liberte da diário da república lei de combate à droga legislação consolidada escravidão que o domina, mediante os incentivos adequados do tratamento médico e da reabilitação, que o tragam de volta para o cortejo da vida útil, se possível feliz, no seio da comunidade. para os consumidores ocasionais, acima de tudo deseja-se a sua não etiquetagem, a não marginalização, enfim, que o seu semelhante o não empurre para becos sem saída ou que a saída acabe mesmo por ser a droga. a escolha diversificada de alternativas, conforme os casos, e a maleabilidade do sistema constituem a palavra de ordem, em colaboração estreita com as autoridades sanitárias. para além da composição diversificada do grupo de trabalho que elaborou o estudo que fundamentou o presente diploma - com representantes dos sistemas da justiça, saúde, educação, juventude, finanças, comércio e turismo, do banco de portugal e da ordem dos advogados -, foram ouvidos o conselho superior da magistratura, a procuradoria-geral da república, a ordem dos médicos e outras entidades, através do conselho nacional do projecto vida. foram também ouvidos os órgãos de governo próprio das regiões autónomas dos açores e da madeira. assim: no uso da autorização legislativa concedida pela lei n.º 27/92, de 31 de agosto, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 201.º da constituição, o governo decreta o seguinte:

índice diploma - capítulo i disposições gerais • artigo 1.º objeto • artigo 2.º regras gerais e tabelas • artigo 3.º âmbito do controlo - capítulo ii autorizações, fiscalização e prescrições médicas • artigo 4.º licenciamentos, condicionamentos e autorizações • artigo 5.º competência fiscalizadora do instituto nacional da farmácia e do medicamento • artigo 6.º natureza das autorizações • artigo 7.º requisitos subjetivos • artigo 8.º manutenção e caducidade da autorização • artigo 9.º revogação ou suspensão da autorização • artigo 10.º efeitos da revogação da autorização • artigo 11.º importação e exportação das substâncias referidas nas tabelas anexas • artigo 12.º competência fiscalizadora da inspeção-geral das atividades económicas e da direção-geral das alfândegas • artigo 13.º circulação internacional de pessoas • artigo 14.º provisões para meios de transporte • artigo 15.º prescrição médica • artigo 16.º obrigações especiais dos farmacêuticos • artigo 17.º casos de urgente necessidade • artigo 18.º controlo de receituário • artigo 19.º proibição de entrega a demente ou menor • artigo 20.º participação urgente - capítulo iii tráfico, branqueamento e outras infrações • artigo 21.º tráfico e outras atividades ilícitas • artigo 22.º precursores • artigo 23.º conversão, transferência ou dissimulação de bens ou produtos revogado • artigo 24.º agravação • artigo 25.º tráfico de menor gravidade • artigo 26.º traficante-consumidor • artigo 27.º abuso do exercício de profissão • artigo 28.º associações criminosas artigo 29.º incitamento ao uso de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas artigo 30.º tráfico e consumo em lugares públicos ou de reunião artigo 31.º atenuação ou dispensa de pena artigo 32.º abandono de seringas artigo 33.º desobediência qualificada artigo 33.º-a responsabilidade penal das pessoas colectivas e equiparadas artigo 34.º expulsão de estrangeiros e encerramento de estabelecimento artigo 35.º perda de objectos artigo 36.º perda de coisas ou direitos relacionados com o facto artigo 36.º-a defesa de direitos de terceiros de boa fé artigo 37.º bens transformados, convertidos ou misturados artigo 38.º lucros e outros benefícios artigo 39.º destino dos bens declarados perdidos a favor do estado capítulo iv consumo e tratamento artigo 40.º consumo artigo 41.º tratamento espontâneo revogado artigo 42.º atendimento e tratamento de consumidores artigo 43.º exame médico a consumidores habituais artigo 44.º suspensão da pena e obrigação de tratamento artigo 45.º suspensão com regime de prova artigo 46.º toxicodependente em prisão preventiva ou em cumprimento de pena de prisão artigo 47.º tratamento no âmbito de processo pendente capítulo v legislação subsidiária artigo 48.º legislação penal artigo 49.º aplicação da lei penal portuguesa artigo 49.º-a liberdade condicional revogado artigo 50.º medidas respeitantes a menores artigo 51.º legislação processual penal artigo 52.º perícia médico-legal artigo 53.º revista e perícia artigo 54.º prisão preventiva revogado artigo 55.º medida de coacção artigo 56.º suspensão provisória do processo capítulo vi regras especiais artigo 57.º investigação criminal artigo 58.º cooperação internacional artigo 59.º condutas não puníveis revogado artigo 59.º-a protecção de funcionário e de terceiro infiltrados revogado artigo 60.º prestação de informações e apresentação de documentos artigo 61.º entregas controladas revogado artigo 62.º exame e destruição das substâncias artigo 63.º amostras pedidas por entidades estrangeiras artigo 64.º comunicação de decisões capítulo vii contra-ordenações e coimas artigo 65.º regra geral artigo 66.º contrarordenações artigo 67.º apreensão e sanções acessórias artigo 68.º entidade competente e cadastro capítulo viii disposições finais artigo 69.º representação internacional artigo 70.º actividades de prevenção artigo 70.º-a relatório anual artigo 71.º diagnóstico e quantificação de substâncias artigo 72.º informação aos profissionais de saúde artigo 73.º regras e conceitos técnicos artigo 74.º gabinete de combate à droga do ministério da justiça artigo 75.º norma revogatória artigo 76.º entrada em vigor tabela i-a tabela i-b tabela i-c tabela ii-a tabela ii-b tabela ii-c tabela iii tabela iv tabela v tabela vi

capítulo i

disposições gerais

artigo 1.º

objecto o presente diploma tem como objecto a definição do regime jurídico aplicável ao tráfico e consumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas.

artigo 2.º

regras gerais e tabelas

1 - as plantas, substâncias e preparações sujeitas ao regime previsto neste decreto-lei constam de seis tabelas anexas ao presente diploma.

2 - as tabelas i a iv serão obrigatoriamente actualizadas, de acordo com as alterações aprovadas pelos órgãos próprios das nações unidas, segundo as regras previstas nas convenções ratificadas por portugal.

3 - as tabelas v e vi serão obrigatoriamente actualizadas, de acordo com as alterações aprovadas pelos órgãos próprios das nações unidas, segundo as regras previstas nas convenções ratificadas por portugal ou por diploma das comunidades europeias.

4 - o cultivo, a produção, o fabrico, o emprego, o comércio, a distribuição, a importação, a exportação, o trânsito, o transporte, a detenção por qualquer título e o uso de plantas, substâncias e preparações indicados nos números anteriores ficam sujeitos aos condicionamentos definidos no presente diploma.

5 - as regras necessárias à boa execução deste diploma, no que concerne à matéria referida no número anterior, constarão de decreto regulamentar, no qual se especificará ainda a margem de excedentes de cultivo, as quotas de fabrico, as entidades e empresas autorizadas a adquirir plantas, substâncias e preparações, as condições de entrega, os registos a elaborar, as comunicações e informações a prestar, os relatórios a fornecer, as características das embalagens e rótulos, as taxas pela concessão de autorizações e as coimas pela violação da regulamentação. alterações alterado pela declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 3.º

âmbito do controlo ficam sujeitas a controlo todas as plantas, substâncias e preparações referidas nas convenções relativas a estupefacientes ou substâncias psicotrópicas ratificadas por portugal e respectivas alterações, bem como outras substâncias incluídas nas tabelas anexas ao presente diploma. alterações retificado pela declaração de retificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

capítulo ii

autorizações, fiscalização e prescrições médicas

artigo 4.º

licenciamentos, condicionamentos e autorizações

1 - o instituto nacional da farmácia e do medicamento é a entidade competente a nível nacional para estabelecer condicionamentos e conceder autorizações para as actividades previstas no n.º 4 do artigo 2.º no que concerne às substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a iv, dentro dos limites estritos das necessidades do país, dando prevalência aos interesses de ordem médica, médico-veterinária, científica e didáctica.

2 - a direcção-geral do comércio externo é a entidade competente a nível nacional para emitir a declaração de importação e a autorização de exportação das substâncias compreendidas nas tabelas v e vi.

3 - a direcção-geral da indústria é a autoridade competente a nível nacional para autorizar a produção e fabrico das substâncias compreendidas nas tabelas v e vi.

4 - antes de apreciar qualquer pedido de autorização, o instituto nacional da farmácia e do medicamento envia cópia do pedido ao gabinete de combate à droga do ministério da justiça, que se pronunciará no prazo de 30 dias e, se for caso disso, ouvirá os departamentos adequados dos ministérios da agricultura, da indústria e energia e do comércio e turismo.

5 - o despacho de autorização do presidente do instituto nacional da farmácia e do medicamento é publicado no diário da república e estabelece as condições a observar pelo requerente, dele cabendo imediato recurso contencioso; havendo recurso hierárquico facultativo, este terá efeito meramente devolutivo.

6 - cada autorização genérica concedida pelo instituto nacional da farmácia e do medicamento não excederá o período de um ano, prorrogável.

7 - o disposto neste artigo não prejudica as competências próprias dos ministérios do comércio e turismo e da indústria e energia em matéria de licenciamento das operações de comércio externo ou de licenciamento da instalação e laboração de estabelecimentos industriais onde se fabriquem os produtos constantes das tabelas i a vi, respectivamente. alterações alterado pela declaração de retificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 5.º

competência fiscalizadora do instituto nacional da farmácia e do medicamento

1 - compete ao instituto nacional da farmácia e do medicamento fiscalizar as actividades autorizadas de cultivo, produção, fabrico, emprego, comércio por grosso, distribuição, importação, exportação, trânsito, aquisição, venda, entrega e detenção de substâncias. plantas, substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a iv.

2 - na fiscalização das atividades autorizadas referidas no número anterior pode, a qualquer momento, ser feita inspeção às empresas, estabelecimentos ou locais e ser solicitada a exibição dos documentos ou registos respetivos.

3 - as infrações detetadas são comunicadas às entidades competentes, para investigação criminal ou para a investigação e instrução contraordenacional.

4 - mediante portaria conjunta dos ministros da justiça, da agricultura e da saúde, será proibida a cultura de plantas ou arbustos dos quais se possam extrair substâncias estupefacientes, quando essa medida se revele a mais apropriada para proteger a saúde pública e impedir o tráfico de droga.

5 - idêntica medida pode ser adotada quanto ao fabrico, preparação ou comercialização de substâncias estupefacientes ou preparações.

artigo 6.º

natureza das autorizações

1 - as autorizações são intransmissíveis, não podendo ser cedidas ou utilizadas por outrem a qualquer título.

2 - quando se trate de empresas com filiais ou depósitos é necessária uma autorização para cada um deles.

3 - dos pedidos de autorização deve constar a indicação dos responsáveis pela elaboração e conservação atualizada dos registos e pelo cumprimento das demais obrigações legais.

artigo 7.º

requisitos subjetivos

1 - só podem ser concedidas autorizações a entidades cujos titulares ou representantes legais ofereçam suficientes garantias de idoneidade moral e profissional.

2 - compete ao gabinete de combate à droga do ministério da justiça, a solicitação do instituto nacional da farmácia e do medicamento, verificar os elementos que permitem determinar as circunstâncias a que se refere o número anterior, socorrendo-se, se necessário, da colaboração das entidades que integram o grupo de coordenação do combate ao tráfico de droga, no respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

artigo 8.º

manutenção e caducidade da autorização

1 - no caso de falecimento, substituição do titular ou mudança de firma, o requerimento de manutenção da autorização deve ser presente ao instituto nacional da farmácia e do medicamento no prazo de 60 dias.

2 - a manutenção da autorização depende da verificação dos requisitos de idoneidade moral e profissional.

3 - a autorização caduca em caso de cessação de atividade ou, nos casos previstos no n.º 1, se não for requerida a sua manutenção no prazo estabelecido.

artigo 9.º

revogação ou suspensão da autorização

1 - o instituto nacional da farmácia e do medicamento deve revogar a autorização concedida logo que deixem de verificar-se os requisitos exigidos para a concessão da mesma.

2 - pode ter lugar a revogação ou ser ordenada a suspensão até seis meses, conforme a gravidade, quando ocorrer acidente técnico, subtração, deterioração de substâncias e preparações ou outra irregularidade passível de determinar risco significativo para a saúde ou para o abastecimento ilícito de mercado, bem como no caso de incumprimento das obrigações que impedem sobre o beneficiário da autorização.

3 - os despachos de revogação e de suspensão são publicados no diário da república.

artigo 10.º

efeitos da revogação da autorização

1 - no caso de revogação da autorização, o instituto nacional da farmácia e do medicamento pode autorizar, a solicitação do interessado, a devolução das existências de substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a iv a quem as tenha fornecido ou a cedência a outras entidades, empresas autorizadas ou farmácias.

2 - a devolução ou cedência deve ser requerida no prazo de 30 dias, a contar da data em que a revogação tiver sido publicada, da comunicação do despacho ministerial que a tiver confirmado ou do trânsito em julgado da decisão judicial confirmatória.

3 - no decurso do prazo previsto no número anterior, as existências são inventariadas e guardadas em compartimento selado da empresa, por ordem do presidente do instituto nacional da farmácia e do medicamento, que pode promover a venda ou a destruição, se houver risco de deterioração ou de entrada ilícita no mercado, entregando o produto da venda ao proprietário, deduzidas as despesas feitas pelo estado.

artigo 11.º

importação e exportação das substâncias referidas nas tabelas anexas

1 - as operações de importação e de colocação no mercado de substâncias compreendidas nas tabelas v e vi ficam submetidas ao regime de vigilância estatística prévia, e as de exportação ao regime de licenciamento, nos termos previstos no decreto-lei n.º 126/90, de 16 de abril, e na portaria n.º 628/90, de 7 de agosto, bem como da regulamentação comunitária respectiva.

2 - sempre que existam indícios de que a importação ou a exportação de substâncias compreendidas nas tabelas v e vi se destinam a produção ou fabrico ilícitos de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas, as entidades responsáveis pela vigilância e pelo licenciamento informam de imediato a autoridade competente para a investigação.

3 - a direcção-geral do comércio externo enviará ao gabinete de combate à droga do ministério da justiça cópia das declarações de importação e das licenças de exportação das substâncias compreendidas nas tabelas v e vi.

4 - a direcção-geral da indústria, no âmbito da sua competência para a concessão de autorizações de fabrico ou produção de substâncias constantes das tabelas v e vi, pode adoptar as medidas adequadas ao controlo das referidas operações.

5 - para o exercício da sua competência, as entidades referidas nos números anteriores podem colher informações junto do gabinete de combate à droga do ministério da justiça.

6 - aos fabricantes, importadores, exportadores, grossistas e retalhistas, licenciados ou autorizados a fabricar ou comercializar substâncias inscritas nas tabelas v e vi que tomarem conhecimento de encomendas ou operações suspeitas e, podendo fazê-lo, não informarem as autoridades fiscalizadoras nacionais pode ser retirada a licença ou revogada a autorização, sem prejuízo da aplicação de qualquer sanção criminal ou coima.

7 - mediante portaria conjunta dos ministros das finanças, da justiça, da agricultura, da indústria e energia e do comércio e turismo, pode ser proibida a produção, o fabrico, o emprego, o comércio, a distribuição, a importação, a exportação, o trânsito, o transporte, a detenção por qualquer título e o uso das substâncias inscritas nas tabelas v e vi, quando essa medida se revele a mais apropriada para proteger a saúde pública e impedir o tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas.

8 - a fiscalização, o controlo e a regulamentação previstos no presente artigo não prejudicam eventuais medidas mais estritas provenientes de direito comunitário.

artigo 12.º

competência fiscalizadora da inspeção-geral das atividades económicas e da direção-geral das alfândegas

1 - sem prejuízo das competências das autoridades policiais e administrativas, e no sentido de evitar o desvio para fins ilícitos, cabe, respetivamente, à inspeção-geral das atividades económicas fiscalizar, entre outras, as atividades autorizadas de comércio por grosso, distribuição, aquisição, venda, transporte, entrega e detenção das substâncias compreendidas nas tabelas v e vi e à direção-geral das alfândegas fiscalizar as atividades de importação, exportação e trânsito.

2 - na fiscalização das atividades referidas no número anterior pode, a qualquer momento, ser feita inspeção às empresas, estabelecimentos ou locais e ser solicitada a exibição da documentação respetiva.

3 - as infrações detetadas são comunicadas à autoridade competente para a investigação.

4 - a direção-geral das alfândegas dá conhecimento à inspeção-geral das atividades económicas das operações de desalfandegamento que tenham por objeto as substâncias compreendidas nas tabelas v e vi, com identificação do importador, exportador e destinatário, quando conhecido.

5 - ao gabinete de combate à droga do ministério da justiça é dado conhecimento da apreensão das substâncias compreendidas nas tabelas v e vi.

artigo 13.º

circulação internacional de pessoas as pessoas que atravessem as fronteiras portuguesas podem transportar, para uso próprio, substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i-a, i-c, ii-b, ii-c, iii e iv, em quantidade não excedente à necessária para 30 dias de tratamento, desde que apresentem documento médico justificativo da necessidade do seu uso. alterações alterado pelo o artigo 2.º da/a lei n.º 9/2023 - diário da república n.º 45/2023, série i de 2023-03-03, em vigor a partir de 2023-03-04

artigo 14.º

provisões para meios de transporte

1 - é permitido o transporte internacional, em navios, aeronaves ou outros meios de transporte público internacional, de quantidades reduzidas de substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i-a, ii-b, ii-c, iii e iv, que se possam tornar necessárias durante a viagem para administração de primeiros socorros.

2 - as substâncias e preparações devem ser transportadas em condições de segurança, de modo a evitar a sua subtração ou descaminho.

3 - as substâncias e preparações objeto de transporte, nos termos do n.º 1, ficam sujeitas às leis, regulamentos e licenças do país da matrícula, sem prejuízo da possibilidade de as autoridades portuguesas competentes procederem às verificações, inspeções ou quaisquer outras operações de controlo que se mostrem necessárias a bordo dos meios de transporte.

artigo 15.º

prescrição médica

1 - as substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a ii são fornecidas ao público, para tratamento, mediante apresentação de receita médica especial com as especificidades constantes do diploma regulamentar.

2 - as substâncias e preparações compreendidas nas tabelas iii a iv estão sujeitas a receita médica, nos termos da lei geral, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

3 - mediante portaria do ministro da saúde, as substâncias e preparações compreendidas na tabela iv, podem ser sujeitas a receita especial, bem como a outras medidas de controlo previstas no diploma regulamentar para as substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a iii, sempre que tal se revele apropriado para proteger a saúde pública.

4 - o modelo de receita médica relativo a substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a ii deve ser adaptado à forma eletrónica, em termos a definir pelo diploma regulamentar. alterações alterado pelo artigo 1.º da/a lei n.º 18/2009 - diário da república n.º 90/2009, série i de 2009-05-11, em vigor a partir de 2009-05-12

artigo 16.º

obrigações especiais dos farmacêuticos

1 - só o farmacêutico, ou quem o substitua na sua ausência ou impedimento, pode aviar receitas respeitantes a substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas i e ii, devendo cumprir as regras sobre identificação previstas no diploma regulamentar.

2 - o farmacêutico deve recusar-se a aviar as receitas que não obedeçam às condições impostas no artigo anterior.

3 - não poderá ser aviada a receita se tiverem decorrido 10 dias sobre a data de emissão, nem podem ser fornecidas mais de uma vez, com base na mesma receita, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas anexas.

4 - as farmácias são obrigadas a manter existências regulares das substâncias ou preparações referidas no n.º 1 e a conservar as receitas em arquivo por prazo não superior a cinco anos, em termos a fixar por decreto regulamentar. alterações alterado pelo artigo 1.º da/a lei n.º 18/2009 - diário da república n.º 90/2009, série i de 2009-05-11, em vigor a partir de 2009-05-12

artigo 17.º

casos de urgente necessidade em caso de urgente necessidade, podem os farmacêuticos, sob a sua responsabilidade e para uso imediato, fornecer sem receita médica substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i e ii, desde que o total do fármaco não exceda a dose máxima para ser tomada de uma só vez.

artigo 18.º

controlo de receituário

1 - o instituto nacional da farmácia e do medicamento, em articulação com a direção-geral da saúde, procede, com recurso a meios informáticos, ao controlo do receituário aviado, ficando sujeitos ao segredo profissional todos aqueles que acedam a esta informação.

2 - os serviços de saúde do estado ou privados enviam trimestralmente ao instituto nacional da farmácia e do medicamento uma relação dos estupefacientes utilizados em tratamento médico.

artigo 19.º

proibição de entrega a demente ou menor

1 - é proibida a entrega a indivíduos que padeçam de doença mental manifesta de substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a iv.

2 - é proibida a entrega a menor de substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i-a, ii-b e ii-c.

artigo 20.º

participação urgente

1 - a subtração ou extravio de substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a iv são participados, logo que conhecidos, à autoridade policial local e ao instituto nacional da farmácia e do medicamento, pela entidade responsável pela sua guarda, narrando circunstanciadamente os factos, indicando com rigor as quantidades e características das substâncias e preparações desaparecidas e fornecendo as provas de que dispuser.

2 - idêntico procedimento deve ser adotado no caso de subtração, inutilização ou extravio de registos exigidos pelo presente diploma e respetivo regulamento e de impressos para receitas médicas. alterações alterado pela/o declaração de retificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

capítulo iii

tráfico, branqueamento e outras infrações

artigo 21.º

tráfico e outras atividades ilícitas

1 - quem, sem para tal se encontrar autorizado, cultivar, produzir, fabricar, extrair, preparar, oferecer, puser à venda, vender, distribuir, comprar, ceder ou por qualquer título receber, proporcionar a outrem, transportar, importar, exportar, fizer transitar ou ilicitamente detiver, fora dos casos previstos no artigo 40.º, plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas i a iii é punido com pena de prisão de 4 a 12 anos.

2 - quem, agindo em contrário de autorização concedida nos termos do capítulo ii, ilicitamente ceder, introduzir ou diligenciar por que outrem introduza no comércio plantas, substâncias ou preparações referidas no número anterior é punido com pena de prisão de 5 a 15 anos.

3 - na pena prevista no número anterior incorre aquele que cultivar plantas, produzir ou fabricar substâncias ou preparações diversas das que constam do título de autorização.

4 - se se tratar de substâncias ou preparações compreendidas na tabela iv, a pena é de prisão de um a cinco anos.

artigo 22.º

precursores

1 - quem, sem se encontrar autorizado, fabricar, importar, exportar, transportar ou distribuir equipamento, materiais ou substâncias inscritas nas tabelas v e vi, sabendo que são ou vão ser utilizados no cultivo, produção ou fabrico ilícitos de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, é punido com pena de prisão de 2 a 10 anos.

2 - quem, sem se encontrar autorizado, detiver, a qualquer título, equipamento, materiais ou substâncias inscritas nas tabelas v e vi, sabendo que são ou vão ser utilizados no cultivo, produção ou fabrico ilícitos de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, é punido com pena de prisão de um a cinco anos.

3 - quando o agente seja titular de autorização nos termos do capítulo ii, é punido: a) no caso do n.º 1, com pena de prisão de 3 a 12 anos; b) no caso do n.º 2, com pena de prisão de dois a oito anos.

artigo 23.º

conversão, transferência ou dissimulação de bens ou produtos revogado alterações revogado pelo artigo 55.º da/o lei n.º 11/2004 - diário da república n.º 74/2004, série i-a de 2004-03-27, em vigor a partir de 2004-04-01

artigo 24.º

agravação as penas previstas nos artigos 21.º e 22.º são aumentadas de um quarto nos seus limites mínimo e máximo se: a) as substâncias ou preparações foram entregues ou se destinavam a menores ou diminuídos psíquicos; b) as substâncias ou preparações foram distribuídas por grande número de pessoas; c) o agente obteve ou procurava obter avultada compensação remuneratória; d) o agente for funcionário incumbido da prevenção ou repressão dessas infrações; e) o agente for médico, farmacêutico ou qualquer outro técnico de saúde, funcionário dos serviços prisionais ou dos serviços de reinserção social, trabalhador dos correios, telégrafos, telefones ou telecomunicações, docente, educador ou trabalhador de estabelecimento de educação ou de trabalhador de serviços ou instituições de ação social e o facto for praticado no exercício da sua profissão; f) o agente participar em outras atividades criminosas organizadas de âmbito internacional; g) o agente participar em outras atividades ilegais facilitadas pela prática da infração; h) a infração tiver sido cometida em instalações de serviços de tratamento de consumidores de droga, de reinserção social, de serviços ou instituições de ação social, em estabelecimento prisional, unidade militar, estabelecimento de educação, ou em outros locais onde os alunos ou estudantes se dediquem à prática de atividades educativas, desportivas ou sociais, ou nas suas imediações; i) o agente utilizar a colaboração, por qualquer forma, de menores ou de diminuídos psíquicos; j) o agente atuar como membro de bando destinado à prática reiterada dos crimes previstos nos artigos 21.º e 22.º, com a colaboração de, pelo menos, outro membro do bando; l) as substâncias ou preparações forem corrompidas, alteradas ou adulteradas, por manipulação ou mistura, aumentando o perigo para a vida ou para a integridade física de outrem. alterações alterado pelo/a artigo 54.º da/o lei n.º 11/2004 - diário da república n.º 74/2004, série i-a de 2004-03-27, em vigor a partir de 2004-04-01 alterado pelo/a artigo 1.º da/o lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 25.º

tráfico de menor gravidade se, nos casos dos artigos 21.º e 22.º, a ilicitude do facto se mostrar consideravelmente diminuída, tendo em conta nomeadamente os meios utilizados, a modalidade ou as circunstâncias da ação, a qualidade ou a quantidade das plantas, substâncias ou preparações, a pena é de: a) prisão de um a cinco anos, no caso de tratar de plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas i a iii, v e vi; b) prisão até 2 anos ou multa até 240 dias, no caso de substâncias ou preparações compreendidas na tabela iv. alterações alterado pelo/a declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 26.º

traficante-consumidor

1 - quando, pela prática de algum dos factos referidos no artigo 21.º, o agente tiver por finalidade exclusiva conseguir plantas, substâncias ou preparações para uso pessoal, a pena é de prisão até três anos ou multa, se se tratar de plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas i a iii, ou de prisão até 1 ano ou multa até 120 dias, no caso de substâncias ou preparações compreendidas na tabela iv.

2 - a tentativa é punível.

3 - não é aplicável o disposto no n.º 1 quando o agente detiver plantas, substâncias ou preparações em quantidade que exceda a necessária para o consumo médio individual durante o período de cinco dias.

artigo 27.º

abuso do exercício de profissão

1 - as penas previstas nos artigos 21.º, n.os 2 e 4, e 25.º são aplicadas ao médico que passe receitas, ministre ou entregue substâncias ou preparações aí indicadas com fim não terapêutico.

2 - as mesmas penas são aplicadas ao farmacêutico ou a quem o substitua na sua ausência ou impedimento que vender ou entregar aquelas substâncias ou preparações para fim não terapêutico.

3 - em caso de condenação nos termos dos números anteriores, o tribunal comunica as decisões à ordem dos médicos ou à ordem dos farmacêuticos.

4 - a entrega de substâncias ou preparações a doente mental manifesto ou a menor, com violação do disposto no deve ler-se «artigo 19.º, é punida com pena de prisão até 1 ano ou multa até 120 dias.

5 - a tentativa é punível. alterações alterado pelo/a declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 28.º

associações criminosas

1 - quem promover, fundar ou financiar grupo, organização ou associação de duas ou mais pessoas que, actuando concertadamente, vise praticar algum dos crimes previstos nos artigos 21.º e 22.º é punido com pena de prisão de 10 a 25 anos.

2 - quem prestar colaboração, directa ou indirecta, aderir ou apoiar o grupo, organização ou associação referidos no número anterior é punido com pena de prisão de 5 a 15 anos.

3 - incorre na pena de 12 a 25 anos de prisão quem chefiar ou dirigir grupo, organização ou associação referidos no n.º 1.

4 - se o grupo, organização ou associação tiver como finalidade ou actividade a prática das condutas previstas nos n.os 3 a 5 do artigo 368.º-a do código penal face à vantagens ou à prática de receptação de coisas ou animais provenientes dos crimes previstos nos artigos 21.º e 22.º, o agente é punido: a) nos casos dos n.os 1 e 3, com pena de prisão de 2 a 10 anos; b) no caso do n.º 2, com pena de prisão de um a oito anos. alterações

artigo 29.º

incitamento ao uso de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas

1 - quem induzir, incitar ou instigar outra pessoa, em público ou em privado, ou por qualquer modo facilitar o uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas i a iii é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.

2 - se se tratar de substâncias ou preparações compreendidas na tabela iv, a pena é de prisão até 1 ano ou de multa até 120 dias.

3 - os limites mínimo e máximo das penas são aumentados de um terço se: a) os factos foram praticados em prejuízo de menor, diminuído psíquico ou de pessoa que se encontrava ao cuidado do agente do crime para tratamento, educação, instrução, vigilância ou guarda; b) ocorrer alguma das circunstâncias previstas nas alíneas d), e) ou h) do artigo 24.º

artigo 30.º

tráfico e consumo em lugares públicos ou de reunião

1 - quem, sendo proprietário, gerente, director ou, por qualquer título, explorar hotel, restaurante, café, taberna, clube, casa ou recinto de reunião, de espectáculo ou de diversão, consentir que esse lugar seja utilizado para o tráfico ou uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações incluídas nas tabelas i a iv é punido com pena de prisão de um a oito anos.

2 - quem, tendo ao seu dispor edifício, recinto vedado ou veículo, consentir que seja habitualmente utilizado para o tráfico ou uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações incluídas nas tabelas i a iv é punido com pena de prisão de um a cinco anos.

3 - sem prejuízo do disposto nos números anteriores, aquele que, após a notificação a que se refere o número seguinte, não tomar as medidas adequadas para evitar que os lugares nele mencionados sejam utilizados para o tráfico ou o uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações incluídas nas tabelas i a iv é punido com pena de prisão até cinco anos.

4 - o disposto no número anterior só é aplicável após duas apreensões de plantas, substâncias ou preparações incluídas nas tabelas i a iv, realizadas por autoridade judiciária ou por órgão de polícia criminal, devidamente notificadas ao agente referido nos n.os 1 e 2, e não mediando entre elas período superior a um ano, ainda que sem identificação dos detentores.

5 - verificadas as condições referidas nos n.os 3 e 4, a autoridade competente para a investigação dá conhecimento dos factos à autoridade administrativa que concedeu a autorização de abertura do estabelecimento, que decide sobre o encerramento.

artigo 31.º

atenuação ou dispensa de pena se, nos casos previstos nos artigos 21.º, 22.º, 23.º e 28.º, o agente abandonar voluntariamente a sua actividade, afastar ou fizer diminuir por forma considerável o perigo produzido pela conduta, impedir ou se esforçar seriamente por impedir que o resultado que a lei quer evitar se verifique, ou auxiliar concretamente as autoridades na recolha de provas decisivas para a identificação ou a captura de outros responsáveis, particularmente tratando-se de grupos, organizações ou associações, pode a pena ser-lhe especialmente atenuada ou ter lugar a dispensa de pena.

artigo 32.º

abandono de seringas quem, em lugar público ou aberto ao público, em lugar privado mas de uso comum, abandonar seringa ou outro instrumento usado no consumo ilícito de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, criando deste modo perigo para a vida ou a integridade física de outra pessoa, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

artigo 33.º

desobediência qualificada

1 - quem se opuser a actos de fiscalização ou se negar a exibir os documentos exigidos pelo presente diploma, depois de advertido das consequências penais da sua conduta, é punido com a pena correspondente ao crime de desobediência qualificada.

2 - incorre em igual pena quem não cumprir em tempo as obrigações impostas pelo artigo 20.º

artigo 33.º-a

responsabilidade penal das pessoas colectivas e equiparadas as pessoas colectivas e entidades equiparadas são responsáveis, nos termos gerais, pelos crimes previstos na presente lei. alterações aditado pelo/a artigo 4.º do/a lei n.º 59/2007 - diário da república n.º 170/2007, série i de 2007-09-04, em vigor a partir de 2007-09-15

artigo 34.º

expulsão de estrangeiros e encerramento de estabelecimento

1 - sem prejuízo do disposto no artigo 48.º, em caso de condenação por crime previsto no presente diploma, se o arguido for estrangeiro, o tribunal pode ordenar a sua expulsão do país, por período não superior a 10 anos, observando-se as regras comunitárias quanto aos nacionais dos estados membros da comunidade europeia.

2 - na sentença condenatória pela prática de crime previsto no artigo 30.º, e independentemente da interdição de profissão ou actividade, pode ser decretado o encerramento do estabelecimento ou lugar público onde os factos tenham ocorrido, pelo período de um a cinco anos.

3 - tendo havido prévio encerramento ordenado judicial ou administrativamente, o período decorrido será levado em conta na sentença.

4 - se o réu for absolvido, cessará imediatamente o encerramento ordenado administrativamente. notas: acórdão n.º 232/2004 - diário da república n.º 122/2004, série i-a de 2004-05-25 declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma constante do artigo 34.º, n.º 1, do decreto-lei n.º 15/93, de 22 de janeiro, enquanto aplicável a cidadãos estrangeiros que tenham a seu cargo filhos menores de nacionalidade portuguesa residentes em território nacional alterações alterado pelo/a declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 35.º

perda de objetos

1 - são declarados perdidos a favor do estado os objectos que tiverem servido ou estivessem destinados a servir para a prática de uma infracção prevista no presente diploma ou que por esta tiverem sido produzidos.

2 - as plantas, substâncias e preparações incluídas nas tabelas i a iv são sempre declaradas perdidas a favor do estado.

3 - o disposto nos números anteriores tem lugar ainda que nenhuma pessoa determinada possa ser punida pelo facto. alterações alterado pelo/a artigo 1.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 36.º

perda de coisas ou direitos relacionados com o facto

1 - toda a recompensa dada ou prometida aos agentes de uma infracção prevista no presente diploma, para eles ou para outrem, é perdida a favor do estado.

2 - são também perdidos a favor do estado, sem prejuízo dos direitos de terceiro de boa fé, os objectos, direitos e vantagens que, através da infracção, tiverem sido directamente adquiridos pelos agentes, para si ou para outrem.

3 - o disposto nos números anteriores aplica-se aos direitos, objectos ou vantagens obtidos mediante transacção ou troca com os direitos, objectos ou vantagens directamente conseguidos por meio da infracção.

4 - se a recompensa, os direitos, objectos ou vantagens referidos nos números anteriores não puderem ser apropriados em espécie, a perda é substituída pelo pagamento ao estado do respectivo valor.

5 - estão compreendidos neste artigo, nomeadamente, os móveis, imóveis, aeronaves, barcos, veículos, depósitos bancários ou de valores ou quaisquer outros bens de fortuna.

artigo 36.º-a

defesa de direitos de terceiros de boa fé

1 - o terceiro que invoque a titularidade de coisas, direitos ou objectos sujeitos a apreensão ou outras medidas legalmente previstas aplicadas a arguidos por infracções previstas no presente diploma pode deduzir no processo a defesa dos seus direitos, através de requerimento em que alegue a sua boa fé, indicando logo todos os elementos de prova.

2 - entende-se por boa fé a ignorância desculpável de que os objectos estivessem nas situações previstas no n.º 1 do artigo 35.º

3 - o requerimento a que se refere o n.º 1 é autuado por apenso, notificando-se o ministério público para, em 10 dias, deduzir oposição.

4 - realizadas as diligências que considerar necessárias, o juiz decide.

5 - se, quanto à titularidade dos objectos, coisas ou direitos, a questão se revelar complexa ou susceptível de causar perturbação ao normal andamento do processo, pode o juiz remeter o terceiro para os meios cíveis. alterações aditado pelo/a artigo 2.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 37.º

bens transformados, convertidos ou misturados

1 - se as recompensas, objectos, direitos ou vantagens a que se refere o artigo anterior tiverem sido transformados ou convertidos em outros bens, são estes perdidos a favor do estado em substituição daqueles.

2 - se as recompensas, objectos, direitos ou vantagens a que se refere o artigo anterior tiverem sido misturados com bens licitamente adquiridos, são estes perdidos a favor do estado até ao valor estimado daqueles que foram misturados.

artigo 38.º

lucros e outros benefícios o disposto nos artigos 35.º a 37.º é também aplicável aos juros, lucros e outros benefícios obtidos com os bens neles referidos.

artigo 39.º

destino dos bens declarados perdidos a favor do estado

1 - as recompensas, objectos, direitos ou vantagens declarados perdidos a favor do estado, nos termos dos artigos 35.º a 38.º, revertem: a) em 30% para a entidade coordenadora do programa nacional de combate à droga, destinando-se ao apoio de acções, medidas e programas de prevenção do consumo de droga; b) em 50% para o ministério da saúde, visando a implementação de estruturas de consulta, tratamento e reinserção de toxicodependentes; c) em 20% para os organismos do ministério da justiça, nos termos das disposições legais aplicáveis ao destino do produto da venda de objectos apreendidos em processo penal, visando o tratamento e reinserção social de toxicodependentes em cumprimento de medidas penais ou tutelares.

2 - a alienação de veículos automóveis fica sujeita à anuência prévia da direcção-geral do património do estado, sem prejuízo do disposto no artigo 156.º do decreto-lei n.º 295-a/90, de 21 de setembro.

3 - não são alienados os bens, objectos ou instrumentos declarados perdidos a favor do estado que, pela sua natureza ou características, possam vir a ser utilizados na prática de outras infracções, devendo ser destruídos no caso de não oferecerem interesse criminalístico, científico ou didáctico.

4 - na falta de convenção internacional, os bens ou produtos apreendidos a solicitação de autoridades de estado estrangeiro ou os fundos provenientes da sua venda são repartidos entre o estado requerente e o estado requerido, na proporção de metade. alterações alterado pelo/a artigo 1.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

capítulo iv

consumo e tratamento

artigo 40.º

consumo (em vigor a partir de: 2023-09-30)

1 - quem, para o seu consumo, cultivar plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas i a iv é punido com pena de prisão até 3 meses ou com pena de multa até 30 dias.

2 - a aquisição e a detenção para consumo próprio das plantas, substâncias ou preparações referidas no número anterior constitui contraordenação.

3 - a aquisição e a detenção das plantas, substâncias ou preparações referidas no n.º 1 que exceda a quantidade necessária para o consumo médio individual durante o período de 10 dias constitui indício de que o propósito pode não ser o de consumo.

4 - no caso de aquisição ou detenção das substâncias referidas no n.º 1 que exceda a quantidade prevista no número anterior e desde que fique demonstrado que tal aquisição ou detenção se destinam exclusivamente ao consumo próprio, a autoridade judiciária competente determina, consoante a fase do processo, o seu arquivamento, a não pronúncia ou a absolvição e o encaminhamento para comissão para a dissuasão da toxicodependência.

5 - no caso do n.º 1, o agente pode ser dispensado de pena. notas: lei n.º 30/2000 - diário da república n.º 276/2000, série i-a de 2000-11-29 o artigo 40.º é revogado pela lei n.º 30/2000, de 29 de novembro, excepto quanto ao cultivo. alterações alterado pelo/a artigo 2.º do/a lei n.º 55/2023 - diário da república n.º 175/2023, série i de 2023-09-08, em vigor a partir de 2023-10-01 revogado pelo/a artigo 28.º do/a lei n.º 30/2000 - diário da república n.º 276/2000, série i-a de 2000-11-29, em vigor a partir de 2001-07-01 alterado pelo/a declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 41.º

tratamento espontâneo revogado alterações revogado pelo/a artigo 28.º do/a lei n.º 30/2000 - diário da república n.º 276/2000, série i-a de 2000-11-29, em vigor a partir de 2001-07-01

artigo 42.º

atendimento e tratamento de consumidores

1 - o ministério da saúde desenvolverá, através dos serviços respectivos, as acções necessárias à prestação de atendimento gratuito a toxicodependentes ou outros consumidores.

2 - os cidadãos sujeitos a tratamento nos termos do presente diploma, no âmbito de processo em curso ou de suspensão de execução de pena, terão acesso urgente aos serviços de saúde competentes.

3 - o ministro da saúde estabelecerá, mediante portaria, as condições em que entidades privadas podem atender e tratar toxicodependentes, bem como o tipo de fiscalização a que ficam sujeitas. alterações alterado pelo/a artigo 1.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-03-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 43.º

exame médico a consumidores habituais

1 - se houver indícios de que uma pessoa é consumidora habitual de plantas, substâncias ou preparações referidas nas tabelas i a iv, assim pondo em grave risco a sua saúde ou revelando perigosidade social, pode ser ordenado, pelo ministério público da comarca da sua residência, exame médico adequado.

2 - o exame é da iniciativa do ministério público ou pode ser-lhe requerido pelo representante legal, cônjuge, autoridade sanitária ou policial, devendo, em qualquer caso, proceder às diligências necessárias ao apuramento dos indícios a que se refere o número anterior.

3 - o exame é deferido a médico ou serviço especializado de saúde, público ou privado, e realizar-se-á em prazo não superior a 30 dias, observando-se, com as necessárias adaptações, o regime do processo penal, nomeadamente quanto a obrigação de comparência, podendo os peritos prestar compromisso para intervir em mais de um exame ou processo.

4 - o examinado pode ser sujeito à análise de sangue ou de urina ou outra que se mostre necessária.

5 - se no exame se concluir pela toxicodependência da pessoa a ele sujeita, o magistrado do ministério público propor-lhe-á a sujeição voluntária a tratamento, o qual, se aceite, se efetuará sob a responsabilidade de serviço especializado de saúde, público ou privado.

6 - no caso de interrupção injustificada do tratamento ou de recusa de sujeição ao mesmo, o magistrado comunicará os factos ao instituto de reinserção social e, se for caso disso, aos serviços de saúde, para adoção das medidas de apoio adequadas.

artigo 44.º

suspensão da pena e obrigação de tratamento

1 - se o arguido tiver sido condenado pela prática do crime previsto no artigo 40.º, ou de outro que com ele se encontre numa relação direta de conexão e tiver sido considerado toxicodependente nos termos do artigo 52.º, pode o tribunal suspender a execução da pena de acordo com a lei geral, sob condição, para além de outros deveres ou regras de conduta adequados, de se sujeitar voluntáriamente a tratamento ou a internamento em estabelecimento apropriado, o que comprovará pela forma e no tempo que o tribunal determinar.

2 - se durante o período da suspensão da execução da pena o toxicodependente culposamente não se sujeitar ao tratamento ou ao internamento ou deixar de cumprir qualquer dos outros deveres ou regras de conduta impostos pelo tribunal, aplica-se o disposto na lei penal para a falta de cumprimento desses deveres ou regras de conduta.

3 - revogada a suspensão, o cumprimento da pena terá lugar em zona apropriada do estabelecimento prisional.

4 - o toxicodependente é assistido pelos serviços médicos próprios do estabelecimento prisional ou, se necessário, pelos serviços do ministério da saúde, em condições a acordar com o ministério da justiça.

5 - o regime de assistência foi reduzido através de entidades privadas ou do recurso a modalidades de tratamento que tenham implicações no regime prisional é estabelecido por portaria do ministra da justiça.

artigo 45.º

suspensão com regime de prova

1 - o tribunal, no caso a que se refere o artigo anterior, pode determinar, nos termos da lei geral, que a suspensão seja acompanhada de regime de prova, se o considerar conveniente e adequado a facilitar a recuperação do toxicodependente e a sua reinserção na sociedade.

2 - o plano individual de recuperação e reinserção é preparado e acompanhado na sua execução pelos serviços de saúde, articuladamente com o instituto de reinserção social, sob a responsabilidade de uns ou de outro, conforme o tribunal considerar mais adequado à situação, obtendo-se, sempre que possível, o acordo do visado.

3 - a decisão do tribunal pode ser tomada antes da apresentação do plano individual, fixando-se, nesse caso, um prazo razável para apresentação do mesmo.

4 - aplica-se correspondentemente o disposto nos n.os 2 a 4 do artigo anterior.

artigo 46.º

toxicodependente em prisão preventiva ou em cumprimento de pena de prisão

1 - compete aos serviços prisionais, em colaboração com os serviços de saúde, assegurar os meios e estruturas adequados ao tratamento de toxicodependentes em prisão preventiva ou em cumprimento de pena em estabelecimentos prisionais.

2 - se o estado de toxicodependência for detetado quando a pessoa se encontra detida, em prisão preventiva ou em cumprimento de pena, os serviços policiais ou prisionais comunicam o facto ao ministério público a fim de promover as medidas

artigo 47.º

tratamento no âmbito de processo pendente

1 - sempre que o tratamento, em qualquer das modalidades seguidas, decorra no âmbito de um processo pendente em tribunal, o médico ou o estabelecimento enviam, de três em três meses, se outro período não for fixado, uma informação sobre a evolução da pessoa a ele sujeita, com respeito pela confidencialidade da relação terapêutica, podendo sugerir as medidas que entendam convenientes.

2 - o instituto de reinserção social procede de modo idêntico na esfera das suas atribuições.

3 - após a recepção da informação referida nos números anteriores, o tribunal pronuncia-se, se o entender necessário, sobre a situação processual do visado.

4 - as normas do presente diploma prevalecem sobre as relativas ao internamento em regime fechado previstas nos diplomas de saúde mental.

capítulo v

legislação subsidiária

artigo 48.º

legislação penal quanto à matéria constante do presente diploma são aplicáveis, subsidiariamente, as disposições da parte geral do código penal e respectiva legislação complementar.

artigo 49.º

aplicação da lei penal portuguesa para efeitos do presente diploma, a lei penal portuguesa é ainda aplicável a factos cometidos fora do território nacional: a) quando praticados por estrangeiros, desde que o agente se encontre em portugal e não seja extraditado; b) quando praticados a bordo de navio contra o qual portugal tenha sido autorizado a tomar as medidas previstas no artigo 17.º da convenção das nações unidas contra o tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas de 1988.

artigo 49.º-a

liberdade condicional revogado alterações revogado pelo/a artigo 11.º do/a lei n.º 59/2007 - diário da república n.º 170/2007, série i de 2007-09-04, em vigor a partir de 2007-09-15 aditado pelo/a artigo 2.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 50.º

medidas respeitantes a menores compete aos tribunais com jurisdição na área de menores a aplicação das medidas previstas neste diploma, com as devidas adaptações, quando a pessoa a elas sujeita for menor, nos termos da legislação especial de menores, e sem prejuízo da aplicação pelos tribunais comuns da legislação respeitante a jovens dos 16 aos 21 anos.

artigo 51.º

legislação processual penal

1 - para efeitos do disposto no código de processo penal, e em conformidade com o n.º 2 do artigo 1.º do mesmo código, consideram-se equiparadas a casos de terrorismo, criminalidade violenta ou altamente organizada as condutas que integrem os crimes previstos nos artigos 21.º a 24.º e 28.º deste diploma.

2 - na falta de disposição específica do presente diploma, são aplicáveis subsidiariamente as normas do código de processo penal e legislação complementar. alterações alterado pela/a declaração de retificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 52.º

perícia médico-legal

1 - logo que, no decurso do inquérito ou da instrução, haja notícia de que o arguido era toxicodependente à data dos factos que lhe são imputados, é ordenada a realização urgente de perícia adequada à determinação do seu estado.

2 - na medida do possível, o perito deve pronunciar-se sobre a natureza dos produtos consumidos pelo arguido, o seu estado no momento da realização da perícia e os eventuais reflexos do consumo na capacidade de avaliar a ilicitude dos seus actos ou de se determinar de acordo com a avaliação feita.

3 - pode ser ordenada, quando tal se revele necessário, a realização das análises a que se refere o n.º 4 do artigo 43.º

artigo 53.º

revista e perícia

1 - quando houver indícios de que alguém oculta ou transporta no seu corpo estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, é ordenada revista e, se necessário, procede-se à perícia.

2 - o visado pode ser conduzido a unidade hospitalar ou a outro estabelecimento adequado e aí permanecer pelo tempo estritamente necessário à realização da perícia.

3 - na falta de consentimento do visado, mas sem prejuízo do que se refere no n.º 1 do artigo anterior, a realização da revista ou perícia depende de prévia autorização da autoridade judiciária competente, devendo esta, sempre que possível, presidir à diligência.

4 - quem, depois de devidamente advertido das consequências penais do seu acto, se recusar a ser submetido a revista ou a perícia autorizada nos termos do número anterior é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.

artigo 54.º

prisão preventiva revogado alterações revogado pelo artigo 5.º da/a lei n.º 48/2007 - diário da república n.º 166/2007, série i de 2007-08-29, em vigor a partir de 2007-09-15

artigo 55.º

medida de coação

1 - se o crime imputado for punível com pena de prisão de máximo superior a três anos e o arguido tiver sido considerado toxicodependente, nos termos do artigo 52.º, pode o juiz impor, sem prejuízo do disposto no código de processo penal, a obrigação de tratamento em estabelecimento adequado, onde deve apresentar-se no prazo que lhe for fixado.

2 - a obrigação de tratamento é comunicada ao respetivo estabelecimento, podendo o juiz solicitar o apoio dos serviços do instituto de reinserção social para acompanhamento do arguido toxicodependente.

3 - o arguido comprova perante o tribunal o cumprimento da obrigação, na forma e tempo que lhe forem fixados.

4 - a prisão preventiva não é imposta a arguido que tenha em curso um programa de tratamento de toxicodependência, salvo se existirem, em concreto, necessidades cautelares de especial relevância.

5 - se a prisão preventiva tiver de ser ordenada, executa-se em zona apropriada do estabelecimento prisional.

6 - é aplicável o regime previsto no n.º 5 do artigo 44.º

artigo 56.º

suspensão provisória do processo

1 - (revogado.)

2 - na aplicação da suspensão do processo, para além das regras de conduta a que se refere o n.º 2 do artigo 281.º do código de processo penal, impor-se-á ao arguido, verificado o estado de toxicodependência, o tratamento ou internamento em estabelecimento apropriado, aplicando-se o disposto no artigo 47.º

3 - são apreendidas e declaradas perdidas a favor do estado as substâncias e preparações que tiverem servido ou estivessem destinadas a servir para a prática dos crimes. alterações alterado pelo/a artigo 26.º da/a lei n.º 38/2009 - diário da república n.º 138/2009, série i de 2009-07-20, em vigor a partir de 2009-09-01

capítulo vi

regras especiais

artigo 57.º

investigação criminal

1 - presume-se deferida à polícia judiciária, através da direção central de investigação do tráfico de estupefacientes, a competência para a investigação dos crimes tipificados nos artigos 21.º, 22.º, 23.º, 27.º e 28.º do presente diploma e dos demais que lhe sejam participados ou de que colha notícia.

2 - presume-se deferida à guarda nacional republicana e polícia de segurança pública a competência para a investigação dos seguintes crimes, praticados nas respetivas áreas de jurisdição, quando lhes forem participados ou deles colham notícia: a) do crime previsto e punido no artigo 21.º do presente diploma, quando ocorram situações de distribuição direta aos consumidores, a qualquer título, das plantas, substâncias ou preparações nele referidas; b) dos crimes previstos e punidos nos artigos 26.º, 29.º, 30.º, 32.º, 33.º e 40.º do presente diploma. alterações alterado pelo/a artigo 1.º do/a decreto-lei n.º 81/95 - diário da república n.º 95/1995, série i-a de 1995-04-22, em vigor a partir de 1995-04-27

artigo 58.º

cooperação internacional em observância da convenção das nações unidas contra o tráfico de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas de 1988, no tocante a extradição, auxílio judiciário mútuo, execução de sentenças penais estrangeiras e transmissão de processos criminais, aplicam-se subsidiariamente as disposições do decreto-lei n.º 43/91, de 22 de janeiro.

artigo 59.º

condutas não puníveis revogado alterações revogado pelo/a artigo 7.º do/a lei n.º 101/2001 - diário da república n.º 197/2001, série i-a de 2001-08-25, em vigor a partir de 2001-08-30 alterado pelo/a artigo 1.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 59.º-a

protecção de funcionário e de terceiro infiltrados revogado alterações revogado pelo/a artigo 7.º do/a lei n.º 101/2001 - diário da república n.º 197/2001, série i-a de 2001-08-25, em vigor a partir de 2001-08-30 aditado pelo/a artigo 2.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 60.º

prestação de informações e apresentação de documentos

1 - podem ser pedidas informações e solicitada a apresentação de documentos respeitantes a bens, depósitos ou quaisquer outros valores pertencentes a indivíduos suspeitos ou arguidos da prática de crimes previstos nos artigos 21.º a 23.º, 25.º e 28.º, com vista à sua apreensão e perda para o estado.

2 - a prestação de tais informações ou a apresentação dos documentos, quer se encontrem em suporte manual ou informático, não podem ser recusados por quaisquer entidades, públicas ou privadas, nomeadamente pelas instituições bancárias, financeiras ou equiparadas, por sociedades civis ou comerciais, bem como por quaisquer repartições de registo ou fiscais, desde que o pedido se mostre individualizado e suficientemente concretizado.

3 - o pedido a que se referem os números anteriores é formulado pela autoridade judiciária competente, devendo, se respeitar a instituições bancárias, financeiras ou equiparadas, ser formulado através do banco de portugal.

4 - a individualização e a concretização a que alude o n.º 2 pode bastar-se com a identificação do suspeito ou do arguido. alterações alterado pelo/a artigo 1.º do/a lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08 alterado pelo/a declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-21

artigo 61.º

entregas controladas revogado alterações revogado pelo/a artigo 3.º do/a lei n.º 104/2001 - diário da república n.º 197/2001, série i-a de 2001-08-25, em vigor a partir de 2001-08-30 alterado pelo/a declaração de retificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21

artigo 62.º

exame e destruição das substâncias

1 - as plantas, substâncias e preparações apreendidas são examinadas, por ordem da autoridade judiciária competente, no mais curto prazo de tempo possível.

2 - após o exame laboratorial, o perito procede à recolha, identificação, pesagem, bruta e líquida, acondicionamento e selagem de uma amostra, no caso de a quantidade de droga o permitir, e do remanescente, se o houver.

3 - a amostra fica guardada em cofre do serviço que procede à investigação, até decisão final.

4 - no prazo de cinco dias após a junção do relatório do exame laboratorial, a autoridade judiciária competente ordena a destruição da droga remanescente, despacho que é cumprido em período não superior a 30 dias, ficando a droga, até à destruição, guardada em cofre-forte.

5 - a destruição da droga faz-se por incineração, na presença de um magistrado, de um funcionário designado para o efeito, de um técnico de laboratório, lavrando-se o auto respetivo; numa mesma operação de incineração podem realizar-se destruições de droga apreendida em vários processos.

6 - proferida decisão definitiva, o tribunal ordena a destruição da amostra guardada em cofre, o que se fará com observância do disposto no número anterior, sendo remetida cópia do auto respetivo.

7 - por intermédio do gabinete de combate à droga do ministério da justiça pode ser solicitada ao magistrado que superintenda no processo a cedência de substâncias apreendidas, para fins didáticos, de formação ou de investigação criminal, nomeadamente para adestramento de cães.

8 - pode ser fixado prazo para devolução da droga cedida, ou autorizado que o organismo cessionário proceda à sua destruição, logo que desnecessária ou inútil, com informação para o processo.

artigo 63.º

amostras pedidas por entidades estrangeiras

1 - podem ser enviadas amostras de substâncias e preparações que tenham sido apreendidas, a solicitação de serviços públicos estrangeiros, para fins científicos ou de investigação, mesmo na pendência do processo.

2 - para o efeito, o pedido é transmitido à autoridade judiciária competente, que decidirá sobre a sua satisfação.

3 - o pedido e seu cumprimento é apresentado através do gabinete de combate à droga do ministério da justiça ou da polícia judiciária.

artigo 64.º

comunicação de decisões

1 - são comunicadas ao gabinete de combate à droga do ministério da justiça todas as apreensões de plantas, substâncias e preparações compreendidas nas tabelas i a iv.

2 - os tribunais enviam ao gabinete de combate à droga do ministério da justiça cópia das decisões proferidas em processo crime por infrações previstas no presente diploma.

capítulo vii

contra-ordenações e coimas

artigo 65.º

regra geral

1 - os factos praticados com violação dos condicionalismos e obrigações impostos nos termos dos n.os 4 e 5 do artigo 2.º são considerados contra-ordenações e sancionados com coimas, de acordo com o disposto em decreto regulamentar.

2 - em tudo quanto se não encontre especialmente previsto neste decreto-lei e respetivos diplomas complementares aplicam-se as disposições constantes do regime jurídico das contraordenações económicas (rjce). alterações alterado pelo/a artigo 25.º do/a decreto-lei n.º 9/2021 - diário da república n.º 20/2021, série i de 2021-01-29, em vigor a partir de 2021-07-28

artigo 66.º

contraordenações

1 - os factos praticados com violação dos condicionalismos e obrigações impostos nos termos dos n.os 4 e 5 do artigo 2.º constituem contraordenação económica grave, punível nos termos do rjce.

2 - a negligência é punível nos termos do rjce.

3 - (revogado.) alterações alterado pelo/a artigo 25.º do/a decreto-lei n.º 9/2021 - diário da república n.º 20/2021, série i de 2021-01-29, em vigor a partir de 2021-07-28 alterado pelo/a artigo 12.º do/a decreto-lei n.º 323/2001 - diário da república n.º 290/2001, série i-a de 2001-12-17, em vigor a partir de 2002-01-01

artigo 67.º

apreensão e sanções acessórias

1 - em processo de contra-ordenação pode ser ordenada a apreensão de objetos que serviram à sua prática e aplicada acessoriamente: a) a revogação ou suspensão da autorização concedida para o exercício da respetiva atividade; b) a interdição do exercício de profissão ou atividade por período não superior a três anos.

2 - se o mesmo facto constituir também crime, é o agente punido por este, sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias previstas para a contra-ordenação.

artigo 68.º

entidade competente e cadastro

1 - a aplicação das coimas e das sanções acessórias fixadas no decreto regulamentar é da competência do presidente do instituto nacional da farmácia e do medicamento ou da comissão para aplicação de coimas em matéria económica.

2 - o instituto nacional da farmácia e do medicamento organiza o registo das pessoas singulares ou colectivas autorizadas a exercer actividades referidas no n.º 4 do artigo 2.º, no qual são averbadas todas as sanções que lhes forem aplicadas.

capítulo viii

disposições finais

artigo 69.º

representação internacional à entidade coordenadora do programa nacional de combate à droga cabe assegurar, em articulação com ministério dos negócios estrangeiros, a representação de portugal a nível internacional, de modo que as matérias da cooperação sejam tratadas e as delegações integradas por representantes indicados pelos organismos respectivos, segundo as suas competências específicas.

artigo 70.º

actividades de prevenção

1 - compete ao governo planear, executar e avaliar acções, medidas e programas específicos de prevenção do consumo de droga, tendo em conta a sua natureza pluridisciplinar.

2 - compete especialmente ao ministério da educação: a) integrar nos currículos escolares a vertente básica da educação para a saúde, com incidência específica na prevenção do consumo de droga; b) providenciar no sentido de que a formação inicial e contínua dos professores os habilite a acompanhar e desenvolver tal vertente; c) desenvolver programas específicos de prevenção primária da toxicodependência em meio escolar. alterações alterado pelo/a artigo 1.º da/o lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 70.º-a

relatório anual

1 - o governo apresenta anualmente à assembleia da república, até 31 de março de cada ano, um relatório sobre a situação do país em matéria de toxicodependência.

2 - o relatório tem por finalidade fornecer à assembleia da república informação pormenorizada sobre a situação do país em matéria de toxicodependência e tráfico de drogas, bem como sobre as actividades desenvolvidas pelos serviços públicos com intervenção nas áreas da prevenção primária, do tratamento, da reinserção social de toxicodependentes e da prevenção e repressão do tráfico de drogas. alterações adicionado pelo/a artigo 2.º da/o lei n.º 45/96 - diário da república n.º 204/1996, série i-a de 1996-09-03, em vigor a partir de 1996-09-08

artigo 71.º

diagnóstico e quantificação de substâncias (em vigor a partir de: 2023-09-30)

1 - os membros do governo responsáveis pelas áreas da justiça e da saúde, ouvidos o instituto nacional de medicina legal e ciências forenses, i. p., e o laboratório de polícia científica da polícia judiciária, determinam, mediante portaria: a) os procedimentos de diagnóstico e exames periciais necessários à caracterização do estado de toxicodependência; b) o modo de intervenção dos serviços de saúde especializados no apoio às autoridades policiais e judiciais; c) os limites quantitativos máximos de princípio ativo para cada dose média individual diária das substâncias ou preparações constantes das tabelas i a iv, de consumo mais frequente.

2 - a portaria a que se refere o número anterior deve ser atualizada, sempre que possível, a cada seis meses, ou logo que os dados da evolução científica ou os indicadores dos consumos revelem uma necessidade de intervenção.

3 - o valor probatório dos exames periciais e dos limites referidos no n.º 1 é apreciado nos termos do artigo 163.º do código de processo penal. alterações alterado pelo o artigo 2.º da lei n.º 55/2023 - diário da república n.º 175/2023, série i de 2023-09-08, em vigor a partir de 2023-10-01

artigo 72.º

informação aos profissionais de saúde as publicações destinadas exclusivamente a médicos e outros profissionais de saúde relativas a produtos farmacêuticos devem referenciar com a letra e (estupefaciente) todas as substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas i-a e iii e com a letra p (psicotrópico) as compreendidas nas tabelas ii-b, ii-c e iv.

artigo 73.º

regras e conceitos técnicos as regras e conceitos técnicos contidos no presente diploma são entendidos de harmonia com as convenções internacionais relativas a estupefacientes e substâncias psicotrópicas ratificadas pelo estado português.

artigo 74.º

gabinete de combate à droga do ministério da justiça as referências feitas no presente diploma ao gabinete de combate à droga do ministério da justiça entendem-se feitas ao gabinete de planeamento e de coordenação do combate à droga, enquanto este não for objeto de reestruturação que consagre aquela denominação.

artigo 75.º

norma revogatória ficam revogados: a) o decreto-lei n.º 430/83, de 13 de dezembro; b) o n.º 1 do artigo 130.º do decreto-lei n.º 48547, de 27 de agosto de 1968, na redação dada pelo decreto-lei n.º 214/90, de 28 de junho. c) o decreto-lei n.º 209/91, de 8 de junho.

artigo 76.º

entrada em vigor

1 - o presente diploma entra em vigor 30 dias após a sua publicação.

2 - a regulamentação do disposto nos artigos 2.º, n.os 4 e 5, 4.º a 20.º e 65.º tem lugar no prazo de 60 dias após a sua publicação.

tabelas das plantas, substâncias e preparações sujeitas a controlo (artigos 2.º e 3.º do decreto-lei n.º 15/93) alterações alterado pela declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21 tabela i-a acetil-alfa-metilfentanil (n-(1-(alfa) metilfenetil-4-piperidil) acetanilida). acetildiidrocodeína (3-metoxi-4,5-epoxi-6-acetoxi-17-metilmorfinano). acetilfentanilo (n-fenil-n-[1-(2-feniletil)piperidina-4-il]acetamida). acetilmetadol (3-acetoxi-6-dimetilamino-4,4-difenil-heptano). acetorfina (3-o-acetil-etra-hidro-7alfa)-(1-hidro-1-metilbutil)-6,14-endoetano-oripavina). acroilfentanilo (n-(1-feniletil)piperidina-4-il)-n-fenilacrilamida). alfacetilmetadol (alfa-3-acetoxi-6-dimetilamino-4,4-difenil-heptano). alfamprodina (alfa-3-etil-1-metil-4-fenil-4-propionoxipiperidina). alfametadol (alfa-6-dimetilamino-4,4-difenil-3-heptanol). alfa-metilfentanil (n-(1-(alfa) metilfenetil-4-piperidil) propionanilida). alfa-metiltiofentanil (n-1-metil-2-(2-tienil) etil-4-piperidil propionanilida). alfentanil (mono cloridrato de n-{[2-(4-etil-4,5-di-hidro-5-oxo-1h-tetrazol-1 il) etil]-4-(metoximetil)-4-piperidilil}-n-fenilpropanamida). alfaprodina (alfa-1,3-dimetil-4-fenil-4-propionoxipiperidina). alilprodina (3-alil-1-metil-4-fenil-4-propionoxipiperidina). anileridina (éster etílico do ácido 1-para-aminofenete-til-4-fenilpiperidino-4-carboxílico). anpp (4-anilino-n-feniletilpiperidina). benzilmorfina (3-benziloxi-4,5-epoxi-n-metil-7-morfineno-6-ol; 3-benzilmorfina). benzetidina (éster etílico do ácido 1-(2-benziloxietil)-4-fenilpiperidino-4-carboxílico). betacetilmetadol (beta-3-acetoxi-6-dimetilamino-4,4-difenil-heptano). beta-hidroxifentanil (n-(1-(beta)-hidroxifenetil-4-piperidil) propionanilida). beta-hidroxi-3-metilfentanil (n-(1-[(beta)-hidroxifenetil]-3-metil-4-piperidil) propionanilida). betameprodina (beta-3-etil-1-metil-4-fenil-4-propionoxipiperidina). betametadol (beta-6-dimetilamino-4,4-difenil-3-heptanol). betaprodina (beta-1,3-dimetil-4-fenil-4-propionoxipiperidina). bezitramida (1-(3-ciano-3,3-difenilpropil)-4-(2-oxo-3-propionil-1-benzimidazolinil)-piperidina). brofina (1-(1-(4-bromoifenetil)piperidina-4-il)-1,3-di-hidro-2h-benzimidazol-2-ona). butirato de etilo (etil-4-metilfano-2,2-difenilbutirato). butifentanilo (n-fenil-n-[1-(2-feniletil)-4-piperidil]butanamida). carfentanilo (1-(2-feniletil)-4-(fenilpropanolamino)piperidina-4-carboxilato de metilo). cetobemidona (4-meta-hidroxifenil-1-metil-4-propionilpiperidina). ciclopropilfentanilo (n-fenil-n-[1-(2-feniletil)piperidin-4-il]ciclopropanocarboxamida). clonitazeno (2-para-clorobenzil-1-dietilaminoetil-5-nitrobenzimidazol). codeína (3-metoxi-4,5-epoxi-6-hidroxi-17-metil-7-morfineno ou 3-metil-morfina). codeína n-óxido (3-metoxi-4,5-epoxi-6-hidroxi-17-metil-7-morfineno-17-oxi-ol). codoxina (di-hidrocodeinona-6-carboximetiloxima). concentrado de palha de papoila - matéria obtida por tratamento da palha de papoila em ordem a obter a concentração dos seus alcaloides, logo que esta matéria é colocada no comércio. crotonitilfentanilo (n-fenil-n-[1-(2-feniletil)-4-piperidinil]-2-butenamida). desomorfina (3-hidroxi-4,5-epoxi-17-metilmorfinano; di-hidroxidimorfina). dextromoramida ((+)-4-[2-metil-4-oxo-3,3-difenil-4 (1-pirrolidinil)-butil]-morfolina). dextropropoxifeno ((+)-4-dimetilamino-3-metil-1,2-difenil-2-butanol propionato). diamorfina (n-[(2-metiletilamino)-propil]-propionanilida). dietiltiambuteno (3 dietilamino-1,1-di-2’-tienil-1-buteno). difenoxilato (éster etílico do ácido 1-(3-ciano-3,3-difenilpropil)-4-fenilpiperidino-4-carboxílico). difenoxina (- ácido 1-(3-ciano-3,3-difenilpropil)-4-fenilisonipeptóico). dihidrocodeína (6-hidroxi-3-metoxi-17-metil-4,5-epoximorfinano). dihidroetorfina (7,8-diidro-7-(alfa)-[1-(r)-hidrox-1-metilbutil]-6,14-enab-etanotetraidrooripavina). di-hidromorfina (3,6-di-hidrox-4,5-epoxi-17-metilmorfinano). dimefepano (6-dimetilamino-4,4-difenil-3-heptanol). dimenoxadol (2-dimetilaminoetilo-1-etoxi-1,1-difenilacetato). dimetiltiambuteno (3 dimetilamino-1,1-di-2’-tienil-1-buteno). dipipanona (4,4-difenil-6-piperidina-3-heptanona). drotebanol (3,4-dimetoxi-17-metilmorfinano 6-beta, 14-diol). etilmetiltiambuteno (3 etilmetilamino-1,1-di-2’-tienil-1-buteno). etilmorfina (3-etoxi-4,5-epoxi-6-hidroxi-17-metil-7-morfineno; 3-etilmorfina). etonitazeno (1-dietilaminoetil-2-para-etoxibenzil-5-nitrobenzimidazol). etorfina (tetra-hidro-7-(1-hidroxi-1-metilbutil)-6,14-endetoenoripavina). etoxeridina (éster etílico do ácido 1-(2-hidroxiotexil)-etil-4-fenilpiperidino-4-carboxílico). fenadoxona (6-morfolino-4,4-difenil-3-heptanona). fenampromida (n-(1-metil-2-piperidinoetil)-propionalida). fenazocina (2’-hidroxi-5,9-dimetil-2-fenil-6,7-benzomorfano). fenomorfano (3-hidroxi-n-fenetilmorfinano). fenopiridina (éster etílico de ácido 1-(3-hidroxi-3-fenilpropil)-fenil-piperidino-4-carboxílico). fentanil (1-fenil-4-n-propionilanilinopiperidina). 4-fluorobutirfentanilo ou 4f-bif ou 4fibf (n-(4-fluorofenil)-n-(1-feniletilpiperidin-4-il)isobutiramida). folcodina (3-(2’-morfolino-etoxi)-6-hidroxi-4,5-epoxi-17-metil-7-morfineno ou morfoliniletilmorfina). furanilfentanilo (fu-f; n-fenil-n-[1-(2-feniletil) piperidin-4-il]furano-2-carboxamida). furetidina (éster etílico do ácido 1-(2-tetra-hidrofuriloxietil)-4-fenilpiperidino-4-carboxílico). heroína (3,6-diacetoxi-4,5-epoxi-17-metil-7-morfineno ou diacetilmorfina). hidrocodona (3-metoxi-4,5-epoxi-6-oxo-17-metilmorfina ou di-hidrocodeína). hidromorfonal (3,6,14-triidroxi-4,5-epoxi-17-metilmorfinano ou 14-hidroxidimorfina). hidromorfona (3-hidroxi-4,5-epoxi-6-oxo-17-metilmorfina ou dihidromorfona). hidroxipetidina (éster etílico do ácido 4-meta-hidro-xifenil-1-metilpiperidino-4-carboxílico). isometadona (6-dimetilamino-5-metil-4,4-difenil-3-hexanona). isoetionazona (n,n-dietil-2-[[4-(1-metiletoxi)fenil]metil]-5-nitro-1h-benzimidazole-1-etanamina). levofenacilmorfano ((-)-3 hidroxi-n-fenacilmorfinano). levomorfano ((-)-3-metoxi-n-metilmorfinano [v. nota (*)]). levomoramida ((-)-4-[2-metil-4-oxo-3,3-difenil-4-(1-pirrolidinil)-butil] morfina). levorfanol ((-)-3-hidroxi-n-metilmorfinano [v. nota (*)]). metadona (6-dimetilamino-4,4-difenil-3-heptanona). metadona, intermediário de (4-ciano-2-dimetilamino-4,4-difenilbutano). metazocina (2’-hidroxi-2,5,9-trimetil-6,7-benzomorfano). metildesorfina (6-metil-delta-6-desoximorfina ou 3-hidroxi-4,5-epoxi-6,17-dimetil-6-morfineno). metildiidromorfina (6-metil-diidromorfina ou 3,6-diidroxi-4,5-epoxi-6,17-dimetilmorfinano). 3-metilfentanil (n-(3-metil-1-fenil-4-piperidil) propionanilida e os seus dois isómeros cis e trans). metitonazeno (n,n-dietilo-2-[(4-metoxifenil)metil]-5-nitro-1h-benzimidazol-1-etanamina). metoxicetilfentanilo (2-metoxi-n-fenil-n- [1-(2-fenetil)piperidin-4-il]acetamida). metopão (5-metil di-hidroetorfina ou 3-hidroxi-4,5-epoxi-6-oxo-5,17 dimetilmorfinano). mirofina (miristilbenzilmorfina; tetradecanoato de 3-benziloxi-4,5-epoxi-17-metil-7-morfineno-6-ilo). morferidina (éster etílico do ácido 1-(2-morfolinoetil)-4-fenilpiperidino-4-carboxílico). moramida, intermediário de (ácido 2-metil-3-morfo-lino-1,1-difenilpropano carboxílico). morfina (3,6-diidroxi-4,5-epoxi-17-metil-7-morfineno). morfina, brometilada e outros derivados da morfina com nitrogénio pentavalente. morfina (n-óxido-3,6-diidroxi-4,5-epoxi-17-metil-7-morfineno-n-óxido). mppp (propionato de 1-metil-4-fenil-4-piperidinol). nicocodina (éster codínico do ácido 3-piridinocarboxílico ou 6-nicotinilcodeína). nicodicodina (éster dicodínico do ácido 3-piridinocarboxílico ou 6-nicotinildiidrocodeína). nicomorfina (3,6-dinicotilmorfina). np (n-fenil-4-piperidona). noracimetadol (mais ou menos)-alfa-3-acetoxi-6-metilamino-4,4-difenil-heptano). norcodeína (3-metoxi-4,5-epoxi-6-hidroxi-7-morfineno ou n-desmetilcodeína). norlevorfanol ((-)-3-hidroximorfinano). normetadona (6-dimetilamino-4,4-difenil-3-hexanona). normorfina (3,6-di-hidroxi-4,5-epoxi-7-morfineno ou desmetilmorfina). norpipanona (4,4-difenil-6-piperidino-3-hexanona). ocfentanilo (n-(2-fluoroetil)-2-metoxi-n-[1-(2-fenetil)piperidin-4-il]acetamida). ópio (o suco coagulado espontaneamente obtido da cápsula da papaver somniferum l. e que não tenha sofrido mais do que as manipulações necessárias para o seu empacotamento e transporte, qualquer que seja o seu teor em morfina). ópio (mistura de alcaloides sob a forma de cloridratos e brometos). opriana (3-o-desmetiletebaina ou 6,7,8,14-tetradeis-dro-4,5-(alfa)-epoxi-6-metoxi-17-metilmorfinan-3-ol). ortofluorofentanilo (n-(2-fluoroetil)-n-[1-(2-fenetil)piperidin-4-il]propanamida). oxicodona (3-metoxi-4,5-epoxi-6-oxo-14-hidroxi-17-metilmorfinano ou 14-hidroxidihidrocodeína). oximorfona (3,14-diidroxi-4,5-epoxi-6-oxo-17-metilmorfinano ou 14-hidroxidihidromorfona). parafulorobutirfentanilo (n-(4-fluoroetil)-n-[1-(2-fenetil)piperidin-4-il]butanamida). para-fluorofentanil (4’-fluoro-n-[1-fenetil-4-piperidil]) propionanilida). pepap (acetato de 1-fenetil-4-fenil-4-piperidinol). petidina (éster etílico do ácido 1-metil-4-fenilpiperidino-dino-4-carboxílico). petidina, intermediário a do (4-ciano-1-metil-4-fenil-piperidina). petidina, intermediário b (éster etílico do ácido 4-fenilpiperidino-4-carboxílico). petidina, intermediário c da (ácido 1-metil-4-fenil-piperidino-4-carboxílico). piminodina (éster etílico do ácido 4-fenil-1-[3-(fenil-lamino)-propilpiperidino]-4-carboxílico). piritramida (do ácido 1-(3-ciano-3,3-difenil-propil)-4-(1-piperidino)-piperidino-4-carboxílico). pro-heptazina (1,3-dimetil-4-fenil-4-propionoxizaciclo-heptano). properidina (éster isopropílico do ácido 1-metil-4-fenilpiperidino-4-carboxílico). propirano (n-(1-metil-2-piperidonetil)-n-2-piridilpropionamida). racemorfano (mais ou menos)-3 metoxi-n-metilmorfinano). racemoramida (mais ou menos) 4-[2-metil-4-oxo-3,3-difenil-4-(1-pirrolidinil)-butil]-morfolina). racemorfano ((mais ou menos)-3-hidroxi-n-metilmorfinano). remifentanilo ((1-(2-metoxicarboniletil)-4-(fenilpropionilamino)-piperidina-4-carboxilato de metilo). sufentanil (n-(4-metoximetil-1-[2-(2-tienil)-etil]-4-piperidil)-propionanilida). tabecão (3-metoxi-4,5-epoxi-6 acetoxi-17-metilmorfinano ou acetildihidrocodeinona). tapentadol (3-((1r,2r)-3-(dimetilamino)-1-etil-2-metilpropil)fenol). tebaina (3,6-dimetoxi-4,5-epoxi-17-metil-6,8- morfinadieno). tetra-hidrofuranoilfentanilo ou thf-f (n-fenil-n-[1-(2- feneitil)piperidin-4-il] tetra-hidrofurano-2-carboxamida). tilidina (mais ou menos)-etil-trans-2-(dimetilamino)-1-fenil-3-ciclo-hexeno-1-carboxilato). tiofentanil (n-[1-(2-(2-tienil) etil)-4-piperidil] propionanilida). trimeperidina (1,2,5-trimetil-4-fenil-4-propionoxipiperidina). u47700 (3,4-dicloro-n-(2-dimetilaminociclo-hexil)-n-metilbenzamida). valerilfentanilo (n-fenil-n-[1-(2-feneitil)-4-piperidil]pentanamida). os isómeros das substâncias inscritas nesta tabela em todos os casos em que estes isómeros possam existir com designação química específica, salvo se forem expressamente excluídos. os ésteres e os éteres das substâncias inscritas na presente tabela em todas as formas em que estes ésteres e éteres possam existir, salvo se figurarem noutra tabela. os sais das substâncias inscritas na presente tabela, incluindo os sais dos ésteres e éteres e isómeros mencionados anteriormente sempre que as formas desses sais sejam possíveis. (*) o dextrometorfano (+)-3-metoxi-n-metilmorfinano e o dextrofano (+)-3-hidroxi-n-metilmorfinano estão especificamente excluídos desta tabela. alterações alterado pelo o artigo 3.º da/o lei n.º 9/2023 - diário da república n.º 45/2023, série i de 2023-03-03, em vigor a partir de 2023-03-04 alterado pelo o artigo 2.º da/o lei n.º 25/2021 - diário da república n.º 91/2021, série i de 2021-05-11, em vigor a partir de 2021-05-12 alterado pelo o anexo da/o lei n.º 15/2020 - diário da república n.º 105/2020, série i de 2020-05-29, em vigor a partir de 2020-05-30 alterado pelo o artigo 2.º da/o lei n.º 8/2019 - diário da república n.º 23/2019, série i de 2019-02-01, em vigor a partir de 2019-02-06 alterado pelo o artigo 2.º da/o lei n.º 13/2012 - diário da república n.º 61/2012, série i de 2012-03-26, em vigor a partir de 2012-03-27 alterado pelo o artigo 2.º da/o lei n.º 18/2009 - diário da república n.º 90/2009, série i de 2009-05-11, em vigor a partir de 2009-05-12 alterado pelo o artigo 1.º da/o decreto-lei n.º 214/2000 - diário da república n.º 203/2000, série i-a de 2000-09-02, em vigor a partir de 2000-09-02 alterado pela o declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21 tabela i-b coca, folha de - as folhas de erythroxilon coca (lamark), da erythroxilon nova-granatense (morris) hieronymus e suas variedades, da família das eritroxiláceas e as suas folhas, de outras espécies deste género, das quais se possa extrair a cocaína diretamente, ou obter-se por transformações químicas; as folhas do arbusto de coca, exceto aquelas de que se tenha extraído toda a ecgonina, a cocaína e quaisquer outros alcalóides derivados da ecgonina. cocaína - éster metílico do ácido (-)-8-metil-3-benzoxilo-8-aza-biciclo-(1,2,3)-octano-2-carboxílico; éster metílico de benzoilecgonina. cocaína-d - isómero dextrógiro de cocaína. ecgonina, ácido - (-)-3-hidroxi-8-metil-8-aza-biciclo-(1, 2, 3)-octano-2-carboxílico, e os seus ésteres e derivados que sejam convertíveis em ecgonina e cocaína. consideram-se inscritos nesta tabela todos os sais destes compostos, desde que a sua existência seja possível. alterações alterado pela declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21 tabela i-c canabis - folhas e sumidades floridas ou frutificadas da planta cannabis sativa l. da qual não se tenha extraído a resina, qualquer que seja a designação que se lhe dê. canabis, resina de - resina separada, em bruto ou purificada, obtida a partir da planta cannabis. canabis, óleo de - óleo separado, em bruto ou purificado, obtido a partir da planta cannabis. canabis - sementes não destinadas à sementeira da planta cannabis sativa l. consideram-se inscritos nesta tabela todos os sais destes compostos, desde que a sua existência seja possível. alterações alterado pelo/a artigo 2.º da/a lei n.º 47/2003 - diário da república n.º 193/2003, série i-a de 2003-08-22, em vigor a partir de 2003-08-23 tabela ii-a 1-benzilpiperazina (1-benzil-1,4-diazaciclohexano ou n-benzilpiperazina ou, de forma menos precisa, benzilpiperazina ou bzp). 2c-b (4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina). 25b-nbome ou 2c-b-nbome (2-(4-bromo-2,5-dimetoxifenil)-n-[[(2-metoxietil)metil]etanamina). 25c-nbome ou 2c-c-nbome (2-(4-cloro-2,5-dimetoxifenil)-n-[[(2-metoxietil)metil]etanamina2c-t-2 (2,5-dimetoxi-4-etiltiofenetilamina). 25i-nbome (4-iodo-2,5-dimetoxi-n-(2-metoxibenzil)fenetilamina). 2c-i (2,5-dimetoxi-4-iodofenetilamina). 2c-t-7 (2,5-dimetoxi-4-propiltiometilamina). 3-cmc (3-clorometcatinona) (1-(3-clorofenil)-2-(metilamino)propan-1-ona). 3-metoxifenciclidina (1-[1-(3-metoxifenil) ciclohexil]-piperidina). 3-mmc (3-metilmetcatinona) (2-(metilamino)-1-(3-metilfenil)propan-1-ona). 4-cmc (4-clorometcatinona ou clefedrona) (1-(4-clorofenil)-2-(metilamino)propan-1-ona). 4-fluoroanfetamina ou 4-fa (1-(4-fluorofenil)propan-2-amina). 4-mec (2-etilamino)-1-(4-metilfenil)propan-1-ona). 4-metiliminorex (mais ou menos cis-2-amino-4-metil-5-fenil-2-oxazolina). 4-mta (p-metiltioanfetamina ou 4-metiltioanfetamina). 4f-mdmb-bica (2-(1-(4-fluorobutil)-1h-indole-3-carbonilamino)-3,3-dimetilbutanoato de metilo). 4f-mdmb-binaca (2-(1-(4-fluorobutil)-1h-indazol-3-carboniloxi)-3,3-dimetilbutanoato de metilo). 5f-adb ou 5f-mdmb-pinaca (2-(1-(5-fluoropentil)-1h-indazol-3-carbonilamino)-3,3-dimetilbutanoato). 5f-amb-pinaca ou 5f-amb ou 5f-mmb-pinaca) (n-(1-(5-fluoropentil)-1h-indazol-3-il)carbonil)valinato de metilo). 5f-apinaca ou 5f-akb-48 (n- (adamantan-1-il) -1- (5- fluoropentil-1h-indazole-3-carboxamida). 5f-mdmb-pica ou 5f-mdmb-2201 (2[[1(5fluoropentil)indol-3-carbonil]amino]-3,3-dimetilbutanoato de metilo). 5f-pb-22 (1-(5-fluoropentil)-1h-indole-3-carboxilato de quinolin-8-ilo). (alfa) -pvp (1-fenil-2-(pirrolidin-1-il) -pentan-1-ona (alfa)-pirrolidinovalero fenona). (alfa) -php ou (alfa)-php ou (alfa)-pirrolidino-hexanofenona)-(1-fenil-2-(pirrolidin-1-il)hexan-1-ona). ab-chminaca (n (1-amino-3-metil-1-oxobutan-2-il)-1-(ciclo-hexilmetil)-1h-indazol-3-carboxamida). ab-fubinaca (n-(1-amino-3-metil-1-oxobutan-2-il)-1-(4-fluorobenzil)-1h-indazol-3-carboxamida). ab-pinaca (n-[(2s)-1- amino-3-metil-1-oxobutan-2-il]-1-pentil-1h-indazole-3-carboxamida). adb-chminaca (n-(1-amino-3,3-dimetil-1-oxobutan-2-il)-1-(ciclo-hexilmetil)-1h-indazo-3-carboxamida). adb-fubinaca (n-(1-amino-3,3-dimetil-1-oxobutan-2-il)-1-(4-fluorobenzil)-1h-indazo-3-carboxamida). ah-7921 (3,4-dicloro-n-[(1-dimetilamino)ciclo-hexil]metil]benzamida). am-2201 (5-(2-aminopropil)indole). cumyl-4cn-binaca (1-(4-cianobutil)-n-(2-fenilpropan-2-il)-1h-indazole-3-carboxamida). bufotenina (5-hidroxi-n,n-dimetiltriptamina). catinona ((±)-(alfa)-aminopropiofenona). cumyl-pegaclone (5-pentil-2-(2-fenilpropano-2-il)-2,5-dihidro-1h-pirido[4,3-b]indol-1-ona). det (n,n dietiltriptamina). difenidina (mais ou menos)-1-(1,2-difeniletil)piperidina). dma (mais ou menos)-2,5-dimetoxi-a-metilfeniletilamina). dmhp (3-(1,2-dimetil-heptil)-1-hidroxi-7,8,9,10-tetraidro-6,6,9-trimetil-6h-dibenzo-(b,d) pirano). dmt (n,n-dimetiltriptamina). dob ou 2,5 dimetoxi-4-bromoanfetamina. doc ou 2,5-dimetoxi-4-cloroanfetamina (1-(4-cloro-2,5-dimetoxifenil)propan-2-amina). doet (mais ou menos)-2,5-dimetoxi-4(alfa)-etil-metilfeniletilamina). dom ou stp (2-amino-1-(2,5-dimetoxi-4-metil)fenil-propano). dpt (dipropiltriptamina). epilona (n-etilonetilona). eticiclidina ou pce (n-etil-1-fenilciclo-hexilamina). etilona (1-(2h-1,3-benzodioxol-5-il)-2-(etilamino)propan-1-ona). etripramina (3-(2-aminobutil)indol). eutilona (1-(1,3-benzodioxol-5-il)-2-(etilamino)butan-1-ona). fenciclidina ou pcp (1-(1-fenilciclo-hexil) piperidina). fub-amb ou mmb-fubinaca ou amb-fubinaca) (metil 2-(1-(4-fluorobenzil)-1h-indazo-3-carboxamida)-3-metilbutanoato). gbh (gama)-ácido hidroxi-butírico). jwh-018 (naftaleno-1-il)(1-pentil-1h-indol-3-il)metanona). lisergida ou lsd ou lsd-25 (mais ou menos)-n-n-dietilisergamida; dietilamida do ácido dextro-lisérgico). mdma (3,4-metilenodioximetanfetamina). mdmb-4en-pinaca (3,3-dimetil-2-(1-(pent-4-en-1-il)-1h-indazole-3-carbonil)amino)butanoato de metilo). mdmb-chmica (metil 2-[(1-(ciclo-hexilmetil)-1h-indol-3-carbonil)amino]-3,3-dimetilbutanoato). mdpv (3,4-metilenodioxipirovalerona). mefedrona (4-metilmetcatinona). mescalina (3,4,5 trimetoxifeniletilamina). metcatinona (2-(metilamino)-1-fenilpropan-1-ona). metilona (beta-ceto-mdma). metoxetamina (2-(3-metoxifenil)-2-(etilamino)ciclo-hexanona). mmda (mais ou menos)-5-metoxi-3,4-metilenodioxil-(alfa) metilfeniletilamina). mpa ou metiopropamina (n-metil-1-(tiofen-2-il)-propan-2-amina). mt-45 (1-ciclo-hexil-4-(1,2-difeniletil)piperazina). n-etil-hexedrona (2(etilamino)-1-fenil-hexan-1-ona). para-hexilo (3-hexilo-1-hidroxi-7,8,9,10-tetraidro-6,6,9-trimetil-6h-dibenzo-(b,d)-pirano). pentedrona ou (alfa)-metilaminovalerona (2-(metilamino)-1-fenilpentan-1-ona). pma (4 (alfa)-metoxi-metilfeniletilamina). pmma ou parametoximetilanfetamina (n-metil-1-(4-metixifenil)-2-aminopropano). psilocibina (fosfatodiidrogeando de 3-(2-dimetila-minoetil)-4-indolol). psilocina (3-(2-dimetilaminoetil)-4-(hidroxi-indol)). roliciclidina ou php ou pcpy (1-(1-fenilciclohexil) pirrolidina). tenanfetamina ou mda ((mais ou menos)-3,4 n-metilenodioxil, (alfa)-dimetilfeniletilamina). tenociclidina ou tcp (1-(1-(2-tienil) ciclo-hexil) piperidina). tma ((mais ou menos)-3,4,5-trimetoxi-(alfa)-metilfeniletilamina). tma-2 (2,4,5-trimetoxianfetamina). ur-144 ((1-pentil-1h-indol-3-il)(2,2,3,3-tetrametilciclopropil)metanona). xlr-11 ((1-(5-fluoropentil)-1h-indol-3-il)(2,2,3,3-tetrametilciclopropil)metanona). os sais das substâncias indicadas nesta tabela, sempre que a existência de tais sais seja possível. os isómeros das substâncias inscritas nesta tabela em todos os casos em que estes isómeros possam existir com designação química específica, salvo se forem expressamente excluídos. alterações alterado pelo/a artigo 4.º da/o lei n.º 9/2023 - diário da república n.º 45/2023, série i de 2023-03-03, em vigor a partir de 2023-03-04 alterado pelo/a artigo 2.º da/o lei n.º 49/2021 - diário da república n.º 142/2021, série i de 2021-07-23, em vigor a partir de 2021-07-24 alterado pelo/a artigo 3.º da/o lei n.º 25/2021 - diário da república n.º 91/2021, série i de 2021-05-11, em vigor a partir de 2021-05-12 alterado pelo/a anexo da/o lei n.º 15/2020 - diário da república n.º 105/2020, série i de 2020-05-29, em vigor a partir de 2020-05-30 alterado pelo/a artigo 3.º da/o lei n.º 8/2019 - diário da república n.º 23/2019, série i de 2019-02-01, em vigor a partir de 2019-02-06 alterado pelo/a artigo 2.º da/o lei n.º 7/2017 - diário da república n.º 44/2017, série i de 2017-03-02, em vigor a partir de 2017-03-03 alterado pelo/a artigo 2.º da/o lei n.º 22/2014 - diário da república n.º 81/2014, série i de 2014-04-28, em vigor a partir de 2014-04-29 alterado pelo/a artigo 2.º da/o lei n.º 13/2012 - diário da república n.º 61/2012, série i de 2012-03-26, em vigor a partir de 2012-03-27 alterado pelo/a artigo 2.º da/o lei n.º 18/2009 - diário da república n.º 90/2009, série i de 2009-05-11, em vigor a partir de 2009-05-12 alterado pelo/a lei n.º 14/2005 - diário da república n.º 18/2005, série i-a de 2005-01-26, em vigor a partir de 2005-01-31 alterado pelo/a artigo 1.º da/o lei n.º 17/2004 - diário da república n.º 110/2004, série i-a de 2004-05-11, em vigor a partir de 2004-05-12 alterado pelo/a artigo 2.º da/o lei n.º 47/2003 - diário da república n.º 193/2003, série i-a de 2003-08-22, em vigor a partir de 2003-08-23 alterado pelo/a artigo 1.º da/o decreto-lei n.º 69/2001 - diário da república n.º 47/2001, série i-a de 2001-02-24, em vigor a partir de 2001-02-25 alterado pelo/a artigo 1.º da/o decreto-lei n.º 214/2000 - diário da república n.º 203/2000, série i-a de 2000-09-02, em vigor a partir de 2000-09-02 alterado pelo/a declaração de rectificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20, em vigor a partir de 1993-02-21 tabela ii-b anfetamina - (mais ou menos)-2-amino-1-fenilpropano. catina - (+)-treo-2-amino-1-hidroxi-1-fenilpropano. dexanfetamina - (+)-2-amino-1-fenilpropano. etilfenidato ou eph (fenil(piperidin-2-il) acetato de etilo). fendimetrazina - (+)-3,4-dimetil-2-fenilmorfolina. fenelitilina - (mais ou menos)-3,7-di-hidro-1,3-dimetil-7-(2-[(1-metil-2-feniletil) amino] etil)-1h-purina-2,6-diona. fenmetrazina - 3-metil-2-fenilmorfolina. fentermína - (alfa), (alfa)-dimetilfeniletilamina. levanfetamina - (-)-2-amino-1-fenilpropano. levometanfetamina - (-)-n-dimetil, a-fenetilamino-3 (o-clorofenil)-2-metil (3h)-4-quinazolinona. metanfetamina - (+)-2-metilamino-1-fenilpropano. metanfetamina, racemato - (mais ou menos)-2-metilamina-1-fenilpropano. 4-metilanfetamina. metilfenidato - éster metílico do ácido 2 fenil-2-(2-piperidil) acético. tetraidrocanabinol - os seguintes isómeros: (delta) 6a (10a), (delta) 6a (7), (delta) 7, (delta) 8, (delta) 9, (delta) 10, (delta) (11). ziprerol - (alfa)-[(alfa)-metoxibenzil]-4-[(beta)-metoxifenetil]-1-piperazinetanol. os derivados e sais das substâncias inscritas nesta tabela, sempre que a sua existência seja possível, assim como todos os preparados em que estas substâncias estejam associadas a outros compostos, qualquer que seja a ação destes. alterações alterado pelo o artigo 4.º da lei n.º 8/2019 - diário da república n.º 23/2019, série i de 2019-02-01, em vigor a partir de 2019-02-06 alterado pelo o artigo 3.º da lei n.º 22/2014 - diário da república n.º 81/2014, série i de 2014-04-28, em vigor a partir de 2014-04-29 alterado pelo o artigo 1.º do decreto-lei n.º 69/2001 - diário da república n.º 47/2001, série i-a de 2001-02-24, em vigor a partir de 2001-02-25 tabela ii-c amobarbital - ácido 5-etil-5-(3-metilbutil) barbitúrico. buprenorfina - 21-ciclopropil-7 alfa (s) 1-hidroxi-1,2,2-trimetilpropil-6,14-endo-etano-6,7,8,14-tetra-hidrooripavina. butalbital - ácido 5-alil-5-isobarbíturico. ciclobarbital - 5-(1-ciclo-hexeno-1-il)-5-etilbarbitúrico. flunitrazepam - 5-(2-fluorofenil)-1,3-di-hidro-1-metil-7-nitro-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona. glutetimida - 2-etil-2-fenilglutarimida. mecolqualona - 3-(o-clorofenil)-2-metil-(4(3h)-quinazolinona. metaqualona - 2-metil-3-o-tolil-(4(3h)-quinazolinona. pentazocina - 1,2,3,4,5,6-hexa-hidro-6,11-dimetil-3-(3-metil-2-butenil)-2,6-metano-3-benzoxo cina-8-ol. pentobarbital - ácido 5-etil-5-(1-metilbutil) barbitúrico. secobarbital - ácido 5-alil-5-(1-metilbutil) barbitúrico. os sais das substâncias indicadas nesta tabela, sempre que a existência de tais sais seja possível. alterações alterado pelo o artigo 2.º do/a decreto-lei n.º 69/2001 - diário da república n.º 47/2001, série i-a de 2001-02-24, em vigor a partir de 2001-02-25 aditado pelo/a declaração de retificação n.º 20/93 - diário da república n.º 43/1993, 1.º suplemento, série i-a de 1993-02-20 tabela iii 1 - preparações que, pela sua composição quantitativa e embora derivadas de estupefacientes, não apresentam grande risco de uso e abuso. 2 - preparações de acetildiidrocodeína, codeína, diidrocodeína, etilmorfina, folcodina, nicocodina, nicodicodina e norcodeína, quando misturadas com um ou vários outros ingredientes e a quantidade de narcótico não exceda 100 mg por unidade de administração e a concentração nas preparações farmacêuticas em forma não dividida não exceda 2,5%. 3 - preparações de cocaína contendo no máximo 0,1% de cocaína, calculada em cocaína base, e preparações de ópio ou morfina que contenham no máximo 0,2% de morfina, calculada em morfina base anidra, quando em qualquer delas existam um ou vários ingredientes, activos ou inertes, de modo que a cocaína e o ópio ou morfina não possam ser facilmente recuperados ou não estejam em preparações que constituam perigo para a saúde. 4 - preparações de difenoxina contendo em unidade de administração no máximo 0,5 mg de difenoxina, calculada na forma base, e uma quantidade de sulfato de atropina equivalente pelo menos a 5% da dose de difenoxina. 5 - preparações de difenoxilato contendo em unidade de administração no máximo 2,5 mg de difenoxilato, calculado na forma base, e uma quantidade de sulfato de atropina equivalente pelo menos a 1% de difenoxilato. 6 - o pó de ipecaúna e ópio com a seguinte composição: 10% de ópio em pó; 10% de raiz de ipecaúna em pó; 80% de qualquer pó inerte não contendo droga controlada. 7 - preparações de propiromazina contendo no máximo 100 mg de propiromazina por unidade de administração associadas com uma quantidade pelo menos igual de metilcelulose. 8 - preparações administráveis por via oral que não contenham mais de 135 mg de sais de dextropropoxifeno base por unidade de administração ou que a concentração não exceda 2,5% das preparações em forma não dividida sempre que estas preparações não contenham nenhuma substância sujeita a medidas de controlo da convenção de 1971 sobre psicotrópicos. 9 - as preparações que correspondam a qualquer das fórmulas mencionadas nesta tabela e misturas das mesmas preparações com qualquer ingrediente que não faça parte das drogas controladas. tabela iv alobarbital (ácido 5,5-dialilbarbitúrico). alprazolam (8-cloro-1-metil-6-fenil-4h-s-triazol[4,3-(alfa)][1,4]benzodiazepina). amfepramona (2-(dietilamino)propiophenona). aminorex (2-amino-5-fenil-2-oxazolina). barbital (ácido 5,5 dietilbarbitúrico). benzfetamina (n-benzil-n-dimetiletilamina). bromazepam (7-bromo-1,3-diidro-5-(2-piridinil)-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). brotilozam (2-bromo-4-(0-clorfenil)-9-metil-6h-tieno[3,2-f]-s-triazolo[4,3-l][1,4]diazepina). butobarbital (ácido 5-butil-5-etilbarbitúrico). camazepam (dimetilcarbamato (éster) do 7-cloro-1,3-diidro-3-hidroxi-1-metil-5-fenil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). cetzolazam (11-cloro-8,12b-diidro-2,8-dimetil-12b-fenil-4h-[1,3]oxazino[3,2-d][1,4] benzodiazepina-4,7(6h)-diona. clobazam (7-cloro-1-metil-5-fenil-1h-1,5-benzodiazepina-2,4(3h,5h)-diona). clobenzorex ((+)-n-(o-clorobenzil)-(alfa)-metilefentilamina). clonazepam (7-nitro-5-(2-clorofenil)-3h-1,4-benzodiazepina-2(1h)-ona). clonazolam (6-(2-clorofenil)-1-metil-8-nitro-4h-[1,2,4]triazolo[4,3-a][1,4]benzodiazepina). clorazepato (ácido 7-cloro-2,3-diidro-2,2-diidroxi-5-fenil-1h-1,4-benzodiazepina-3-carboxílico). clordiazepóxido (7-cloro-2-metilamino-5-fenil-3h-1,4-benzodiazepina-4-óxido). clordesmétildiazepam (7-cloro-5-(2-clorofenil)-1,3-diidro-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). clotiazepam (5-(2-clorofenil)-7-etil-1,3-diidro-1-metil-2h-tieno[2,3-e]-1,4-diazepina-2-ona. cloxazolam (10-cloro-11b-(2-clorofenil)-2,3,7,11b-tetra-hidroxo-zolo[3,2-d][1,4]benzodia-zepina-6(5h)-ona. delorazepam (7-cloro-5-(2-clorofenil)-1,3-diidro-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). diazepam (7-cloro-1,3-diidro-1-metil-5-fenil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). diclazepam (7-cloro-5-(2- clorofenil)-1-metil-1,3-diidro-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). estazolam (8-cloro-6-fenil-4h-s-triazolo[4,3-(alfa)][1,4]benzodiazepina). etclorvinol (etil-2-cloroviniletilcarbinol). etilanfetamina (mais ou menos)-n-etil-(alfa)-metilefentilamina). etiloflazepato (7-cloro-5-(2-fluorofenil)-2,3-diidro-2-oxo-1h-1,4-benzodiazepina-3-carboxilato de etilo). etinamato (carbamato 1-etinilciclo-hexanol). etizolam (4-(2-clorofenil)-2-etil-9-metil-6h-tieno[3,2-f][1,2,4]triazolo[4,3-a][1,4]diazepina). fenezepam (7-bromo-5-(2-clorofenil)-1,3-diidro-2h-1,4 benzodiazepina-2-ona). fencanfamina ((mais ou menos)-3-n-etilfenil-(2,2,1)biciiclo2-heptanamina). fenobarbital (ácido 5-etil-5-fenilbarbitúrico). fenproporex ((mais ou menos)-3-(alfa)-metilefentilaminapropionitrilo). flualprazolam (8-cloro-6-(2-fluorofenil)-1-metil-4h-[1,2,4]triazolo[4,3-a][1,4]benzodiazepina). flubromazolam (8-bromo-6-(2-fluorofenil)-1-metil-4h-[1,2,4]triazolo[4,3-a][1,4]benzodiazepina). fludiazepam (7-cloro-5-(2-fluorofenil)-1,3-diidro-1-metil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). flurazepam (7-cloro-1-(dietilaminoetil)-5-(2-fluorofenil)-1,3-diidro-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). halazepam (7-cloro-1,3-diidro-5-fenil-1-(2,2,2-trifluoretil)-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). haloxazolam (10-bromo-11b-(2-fluorofenil)-2,3,7,11b-tetrahidrooxazol[3,2-d][1,4] benzodiazepina-6(5h)-ona). loprazolam (6-(2-clorofenil)-2,4-diidro-2-[(4-metil-1-piperazinil)metileno]-8-nitro-1h-imidazo-[1,2-a][1,4]benzodiazepina-1-ona). lorazepam (7-cloro-5(2-clorofenil)-1,3-diidro-3-hidroxi-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). lormetazepam (7-cloro-5-(2-clorofenil)-1,3-diidro-3-hidroxi-1-metil-2h-1,4-benzodiazepina-2-o-na). mazindol (5-(p-clorofenil)-2,5-diidro-3h-imidazol(2,1-a)-isoindol-5-ol). medazepam (7-cloro-2,3-diidro-1-metil-5-fenil-1h-1,4-benzodiazepina). mefenorex ((mais ou menos)-n-(3-cloropropil)-a-metilfentilamina). meprobamato (dicarbamato 2-metil-2-propil-1,3-propanediol). mesocarbe (3-(alfa)-metilfentetil)-n-(fenilcarbamoilsidnoamina). metilfenobarbital (ácido 5-etil-1-metil-5-fenilbarbitúrico). metiprilona (3,3-dietil-5-metil-2,4-biperidinediona). midazolam (8-cloro-6-(o-fluorofenil)-1-metil-4h-imidazol[1,5-(alfa)][1,4] benzodiazepina). nimetazepam (1,3-diidro-1-metil-7-nitro-5-fenil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). nitrazepam (1,3-di-hidro-7-nitro-5-fenil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). nordazepam (7-cloro-1,3-diidro-5-fenil-(2h)-1,4-benzodiazepina-2-ona). oxazepam (7-cloro-1,3-diidro-3-hidroxi-5-fenil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). oxazolam (10-cloro-2,3,7,11b-tetrahidro-2-metil-11b-feniloxazolo[3,2-d][1,4] benzodiazepina-6(5h)-ona). pemolina (2-amino-5-fenil-2-oxazolina-4ona ou 2-imino-5-fenil-4-oxazolidinona). pinazepam (7-cloro-1,3-diidro-5-fenil-1-(2-propinil)-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). pipradol (1,1-difenil-2-piperidinometanol). pirrolerona (uma mesoxona)-1-(4-metilfenil)-2(1-pirrolidinil)-1-pentanona). prazepam (7-cloro-1-(ciclopropilmetil)-1,3-diidro-5-fenil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). propilhexedrina (mais ou menos) 1-ciclo-hexil-2-metilaminopropano). quazepam (7-cloro-5-(2-fluorofenil)-1,3-diidro-1-(2,2,2-trifluoroetil)-2h-1,4-benzodiaze-pina-2-ona). secbutabarbital (ácido secbutil-5-etilbarbitúrico). spa ou lefetamina ((+)-1-dimetilamino-1,2-difeniletano). temazepam (7-cloro-1,3-diidro-3-hidroxi-1-metil-5-fenil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). tetrazepam (7-cloro-5-(1-ciclohexano-1-il)-1,3-diidro-1-metil-2h-1,4-benzodiazepina-2-ona). triazolam (8-cloro-6-(2-clorofenil)-1-metil-4h-1,2,4triazol[4,3-(alfa)][1,4] benzodiazepina). vinilbital (ácido 5-(1-met